Os atentados terroristas de 11
de Setembro também mudaram a face do fotojornalismo.
Esta data "Fez o mundo avançar para a era
digital"
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Conferência
Internacional de Fotojornalismo
Fotografia na era digital
O 11 de Setembro
trouxe grandes mudanças ao fotojornalismo do séc.XXI.
A fotografia digital é, neste momento, uma técnica
a desenvolver pelos jornalistas fotográficos do
nosso século.
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Por Carmen
Martins
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A
fotografia fez história pelas mãos de Daguerre,
o seu inventor. Apesar de descoberta ter já 165 anos,
a fotografia continua a revelar novas formas de agarrar
o momento.
Especialistas na matéria trouxeram ao Palácio
da Foz, em Lisboa, desafios relacionados com fotografia
no séc.XXI. Robert Pledge, Presidente da Contact
Press Images em Nova Iorque e Paris, falou sobre "
O fotojornalismo na era digital". "A World Press
Photo recebeu este ano 56 por cento dos trabalhos em formato
digital, o dobro do ano passado", afirmou Pledge. O
11 de Setembro foi a explosão de uma técnica
utilizada por poucos até então. Para Pledge,
o facto dos fotojornalistas de não poderem sair de
Mannhatan obrigou-os a procurar meios alternativos, como
a Internet, para mostrar ao mundo o acontecimento.
Algumas destas imagens foram exibidas pela editora fotográfica
da Time, MaryAnne Golon. " No dia 10 de Setembro éramos
todos inocentes" referiu Mary Anne enquanto mostrava
fotografias do atentado editadas pela Time.
"As novas tecnologias chegaram para fazer uma revolução,
o 11 de Setembro fez o mundo avançar para a era digital"
acrescentou o editor internacional da Reuters, Enrique Shore.
No entanto o digital põe em causa a credibilidade
do trabalho fotográfico. Shore preocupou-se em mostrar
que a manipulação das imagens digitais coloca
questões éticas sobre a veracidade dessas
mesmas imagens. Na opinião deste editor "não
existe nada de mal na manipulação das fotos,
desde que não tenha a intenção de vender
a imagem errada".
Dar espaço à interpretação
dos leitores
Colin Jacobson, professor no Center for Journalism Studies
na Universidade de Cardif socorreu-se daquilo a que chamou
"um pré-histórico projector de slides"
na sua apresentação. "O Fotojornalista
como autor" foi o tema que este antigo jornalista desenvolveu
na conferência. Afastando-se das novas tecnologias,
assunto abordado pelos oradores anteriores, Colin abordou
a distinção entre fotojornalismo como narração
ou como interpretação. Para Colin "um
fotojornalismo bem sucedido deverá dar espaço
à interpretação dos leitores".
A estes convidados coube também a "interpretação"
das fotografias do 2º Prémio Visão Fotojornalismo,
certificado que visa premiar aqueles que se distinguem nas
sete categorias promovidas por este concurso.
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