Comissões de Avaliação Externa visitam cursos da UBI
Gestão, Informática e Papel já foram avaliados

Durante o mês de Março decorreram as visitas das Comissões de Avaliação Externa (CAE) aos cursos de Gestão, Informática e Engenharia do Papel. Química Industrial, EPGI e Engenharia Têxtil são as próximas licenciaturas a receber visitas.

Por Línia Saraiva


"Estas visitas vêm confirmar no terreno um relatório que lhes foi apresentado anteriormente por uma Comissão de Avaliação Interna", refere Luís Carrilho, vice-reitor e coordenador Geral da Avaliação. Formada por professores seleccionados pelo director da licenciatura, consoante as áreas científicas e os docentes, esta comissão é orientada por um guião de auto-avaliação comum a todas as universidades públicas e privadas. Destacam-se neste relatório os desempenhos do corpo docente e discente. O objectivo da CAE é fazer uma análise crítica, in loco que, segundo Luís Carrilho, serve para que "um olhar externo à Instituição analise de uma forma crítica alguns dos aspectos que a regem- corpo docente, discente, preparação de alunos e estruturas de apoio". Esta análise, faz com que a escola possa alterar planos de estudo, metodologias de ensino, "mudanças de atitude com mais determinação e rapidez que doutra forma não seriam tão bem recebidas".
Segundo Luís Carrilho, para as CAE a qualidade no ensino é avaliada por todos os elementos que podem contribuir para melhorar o ensino, contribuindo para o sucesso académico e na aprendizagem. A atitude do professor, a participação dos alunos em todo o processo de aprendizagem, o ambiente académico e as infra-estruturas, são alguns desses elementos.
A qualidade no ensino é, segundo Luís Carrilho "a atitude de todos os seus actores perante tudo o que estão a aprender". É preciso a participação de todos os intervenientes. "Se o aluno sai preparado para enfrentar a actividade externa, então está a praticar-se a qualidade no ensino", defende.

Formação de "banda larga"

As CAE avaliam os planos de estudo e concordam que não podem estar dirigidos só para uma profissão. O mercado de trabalho hoje em dia é muito vasto, e o aluno tem de estar preparado para o desvio das competências consoante o que lhe é pedido. Luís Carrilho diz que o aluno deve ter uma formação de "banda larga", para poder enfrentar todos os desafios que o mercado lhe propõe, adaptando-se a vários tipos de desempenhos. "Se o aluno se adaptar a este desafio está a cumprir-se a qualidade do ensino", sublinha.
A parte pedagógica é um ponto essencial na avaliação das CAE. Segundo Luís Carrilho, a UBI responde a esse desafio apostando cada vez mais na formação dos docentes, visível no crescimento de Doutorados. Isso tem constituido uma "nota positiva", na avaliação das CAE.
"Seria bom num futuro próximo que a universidade adoptasse uma lógica contratual entre professores e alunos com metas bem definidas, a cumprir por ambas as partes.", conclui Luís Carrilho, destacando o resultado das visitas das CAE.
As próximas licenciaturas a receberem a avaliação externa serão Química Industrial, já em curso, Engenharia da Produção e Gestão Industrial na próxima semana, e nos dias 22 e 23 de Abril, a licenciatura em Engenharia Têxtil.