Associação avisa 
                        que, caso amedida avance, os estudantes voltam à 
                        rua para contestar 
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                       Novo governo 
                        pensa aumentar propinas para quem chumba 
                         AAUBI avisa que 750 alunos 
                        podem deixar a Universidade 
                         
                           
                         
                        
                           
                               
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                               Carla Loureiro 
                                NC/Urbi et Orbi 
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                     "Eu 
                      não acredito que o Governo tenha coragem para avançar 
                      com essa medida, até porque isso vai levar os estudantes 
                      em massa para as ruas". A afirmação é 
                      do presidente da Associação Académica 
                      da Universidade da Beira Interior (AAUBI), José Miguel 
                      Oliveira, em resposta à possível intenção 
                      que o novo Governo tem de penalizar os alunos que reprovem 
                      várias vezes através do aumento de proprinas. 
                      Confontado com esta "investida" social-democrata, 
                      o dirigente associativo reconhece que, ainda que não 
                      acredite e seja contra a sua aplicação, "não 
                      só a UBI mas também outras universidades vão 
                      passar por sérias dificuldades". "Se essa 
                      medida for realmente aplicada, os cerca de 750 alunos que 
                      estão a demorar mais de sete anos a acabar a sua 
                      licenciatura vão abandonar a UBI. Disso não 
                      tenho dúvidas", declara José Miguel Oliveira. 
                      A intenção do novo Executivo passa pela revogação 
                      ou alteração de toda a legislação 
                      que rege o ensino superior, com realce para a Lei da Organização- 
                      que divide sistema universitário do politécnico 
                      - e para a Lei do Financiamento. Em relação 
                      a esta última e ainda que não se esteja a 
                      pensar aumentar o valor da taxa única, o mais provável 
                      que aconteça é que os estudantes que reprovem 
                      várias vezes acabem por pagar o valor real do seu 
                      curso, o que leva a um aumento das proprinas, mesmo que 
                      apenas para alguns. Estas medidas, particularmente o aumento 
                      das proprinas para os estudantes que chumbem mais vezes, 
                      vai ser analisado pelos presidentes das associações 
                      académicas no próximo Encontro Nacional de 
                      Dirigentes Associativos (ENDA), a realizar em Aveiro, em 
                      meados de Abril. Em cima da mesa, segundo o presidente da 
                      AAUBI, vão estar todas as propostas do Governo de 
                      Durão Barroso para a Educação. José 
                      Miguel Oliveira, no entanto, chama a atenção 
                      para a análise "a fundo" do insucesso escolar, 
                      da responsabilidade, que não é somente dos 
                      alunos, mas também dos professores e das próprias 
                      instituições para a situação 
                      do ensino em Portugal. Quanto à Lei do Ordenamento, 
                      o PSD quer que os docentes do ensino superior leccionem, 
                      simultaneamente, nas universidades e politécnicos. 
                      Outra medida que deixa "muito a desejar" para 
                      o presidente da AAUBI. "Se já antes havia problemas 
                      com os docentes convidados, os chamados 'turbo-professores', 
                      agora ainda pior". José Miguel Oliveira deixa 
                      o alerta. "Se o Governo aplicar estas medidas, vamos 
                      ter um período muito quente de contestação 
                      estudantil". 
                       
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