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                       "Devido à falta de pagamento das horas extraordinárias 
                        aos médicos do Hospital Amato Lusitano, a valência 
                        de obstetrícia vai registar algumas lacunas na 
                        escala de urgência, durante o mês de Abril". 
                        A declaração é do delegado do Sindicato 
                        Independente dos Médicos (SIM). Fernando Jorge 
                        vai mais longe na descrição da actual situação 
                        porque que passam os profissionais de saúde naquela 
                        unidade hospitalar. "Desde o final do ano passado 
                        não voltaram a ser pagas as horas extraordinárias, 
                        pelo que alguns médicos se mostraram indisponíveis 
                        a continuar a fazer serviço de urgências", 
                        esclarece o delegado do SIM. Afirma ainda que somente 
                        agora tomou uma atitude face a esta situação, 
                        o que o levou a escrever uma carta endereçada à 
                        administração do Hospital Amato Lusitano. 
                        "Sem ter obtido qualquer resposta, não restaram 
                        aos médicos outra alternativa que não seja 
                        limitarem-se a cumprir o seu horário de trabalho, 
                        conforme o acordo com o Misnistério da Saúde", 
                        explica Fernando Jorge.  
                        O delegado do Sindicato Independente dos Médicos 
                        salienta, no entanto, que "os médicos não 
                        pretendem fazer greve, nem prejudicar ninguém". 
                        Todavia reconhece que os profissionais de saúde 
                        vão arcar com as consequências do "desgoverno" 
                        geral. Fernando Jorge, porém, confessa que, perante 
                        o novo cenário político, tem esperança 
                        "que seja possivel desanuviar a situação", 
                        mas "seja qual for o Governo, terá que cumprir 
                        com a lei em vigor". 
                       
                       
                       
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