Professores querem quadros de colocação
mais abrangentes
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Professores
podem vir a realizar novo exame antes de exercer a profissão
Sindicato do Centro concorda...se
for para alargar colocações
O novo Governo promete
intervir na vinculação de professores, que
poderá passar pela obrigatoriedade de realização
de um exame antes da entrada na profissão. O Sindicato
de Professores da Zona Centro concorda, caso a medida
sirva para alargar os quadros de colocação.
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Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi
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Os
professores podem vir a ter que realizar um exame antes
da entrada na profissão, que avalie, entre outras
competências, as capacidades pedagógicas dos
que aspiram à docência. Esta é mais
uma das medidas que o novo Governo PSD quer implantar ao
nível da Educação. Para Carlos Costa,
do Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC), esta
ideia já não é nova. "Neste momento,
no estatuto da carreira docente há o período
probatório, em que o professor que quer entrar e
abraçar as lides deverá sujeitar-se a determinadas
condições", declara Carlos Costa.
O sindicalista vê estas medidas como "afirmações
proferidas num determinado contexto eleitoral e lançadas
de forma muito sintética". A intenção
do Executivo social-democrata é que os docentes sejam
recrutados com base em critérios mais apertados e
semelhantes aos outros corpos da função pública.
Mas Carlos Costa informa que isso já acontece. "Depois
do primeiro ano a dar aulas, os docentes entram na carreira
e estão constantemente sujeitos a avaliação,
ao contrário daquilo que muitos pensam". E prossegue:
"Na mudança de escalão, por exemplo,
o profissional do ensino tem que apresentar um relatório
completo de todas as suas actividades. Esse relatório
vai ser avaliado por uma comissão pedagógica
e se não estiver de acordo com os critérios
estabelecidos legalmente, esse professor corre o risco de
não progredir na carreira".
Além destas intervenções, o PSD vai
acabar com as polémicas pausas lectivas de Outubro
e Fevereiro, ficando apenas as férias do Natal e
Páscoa. A posição de Carlos Costa é
elucidativa: "Neste momento as pausas lectivas não
têm grande efeito, uma vez que não há
condições para elas se manterem. A sociedade
civil não respondeu à solicitação
feita".
Estas alterações que o programa eleitoral
do PSD dedica para a Educação, nomeadamente
a sujeição a uma exame por parte dos candidatos
a professores é justificada como a forma ideal de
ir buscar muitos docentes competentes ao desemprego. Para
Carlos Costa, "não se pode dizer que esta medida
seja boa ou má, pois não se conhece na íntegra
os seus contornos". Porém, o sindicalista refere
que se "for para alargar os quadros e que os professores
consigam colocação, é claro que aplaudimos
a ideia", remata.
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