"Esta obra representa um investimento com grandes
custos e que deve merecer o apoio dos covilhanenses, dos
poderes central e local". As palavras são
de Carlos Mineiro, presidente da Associação
Mutualista Covilhanense, na inauguração
do novo Centro Comunitário de Apoio ao Idoso que
decorreu no passado Sábado, dia 6 de Abril. A antiga
fábrica de lanifícios Manuel Saraiva, situada
na Rua Capitão João D' Almeida, é
agora o novo Centro Comunitário de Apoio ao Idoso.
Com um investimento de um milhão e 600 mil euros
(320 mil contos), o centro tem dois edifícios de
três pisos, 40 camas e centro de dia. No novo edifício
funcionam também os serviços administrativos
e os órgãos sociais da Mutualista.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã,
garante que "os covilhanenses têm uma capacidade
enorme de dedicação ao trabalho e na ajuda
aos mais desfavorecidos. Mesmo com dificuldades a Mutualista
abriu novas janelas de humanismo". Para o presidente
da autarquia, a solidariedade traduz-se em actos concretos
no apoio ao próximo. "A marca fundamental
da sociedade é a ajuda às crianças
e aos idosos", salienta.
O auditório estava
repleto de idosos, familiares e amigos
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"Quando era novo o meu pai deu-me o melhor presente:
fez-me sócio da Mutualista. Prometi-lhe ajudar
sempre os mais idosos e desfavorecidos", declara
emocionado Guilhermino Oliveira, 89 anos, aposentado.
Para o sócio mais antigo, com 74 anos de militância
no Mutualismo, a família deve viver com os seus
idosos. "Se nós criamos os filhos, eles também
têm obrigação de nos ajudarem",
defende.
Os operários da indústria de lanifícios
foram a alma da Mutualista. Existiam duas associações
de operários que ajudavam os mais fracos. Em 1930,
houve uma fusão que deu lugar à actual Mutualista
Covilhanense. Guilhermino Oliveira ainda se recorda: "Participei
na criação da Mutualista. Na altura havia
poucos apoios e era necessário juntar a boa vontade
de todos".
A estadia de um idoso não acamado, com a comparticipação
da Segurança Social, custa 448,92 euros (90 contos).
Carlos Mineiro justifica o custo da estadia porque "em
ordenados temos que pagar quase 9975,96 euros (dois mil
contos) e ainda devemos 798,08 euros (160 mil contos)
do edifício".
Participaram nesta inauguração mais de 150
pessoas, entre idosos, familiares, amigos e entidades
oficiais. A banda filarmónica da Vila do Carvalho
animou a festa.
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