As equipas de rua já funcionam
na Covilhã, mas necessitam de mais voluntários
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Covilhã,
Fundão e Castelo Branco
Equipas de Rua reduzem
riscos da toxicodependência
À semelhança
de outros distritos do País, Castelo Branco foi
contemplado com o projecto de criação de
equipas de rua que, na área da toxicodependência,
promovem a minimização de danos e redução
dos riscos.
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Marisa Miranda
NC/Urbi et Orbi
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A
Associação Novo Olhar é responsável
pela implementação do projecto "Focus"
no distrito de Castelo Branco. Este projecto prevê
a criação de equipas de rua com o objectivo
de, na área da toxicodependência promoverem
a minimização dos danos e redução
dos riscos. Ou seja, evitar a propagação do
HIV-SIDA. A candidatura foi aprovada em Dezembro pelo Instituto
Português da Droga e da Toxicodependência (IPDT)
e já está no terreno. O projecto é
para ser executado em dois anos e representa um investimento
de cerca de 35 mil euros.
A equipa de rua é formada por técnicos e voluntários
da área psico-social e deve percorrer os concelhos
da Covilhã, Fundão e Castelo Branco, três
noites por semana. A equipa técnica vai distribuir
preservativos, trocar seringas, distribuir material de injecção
seguro, encaminhar toxicodependentes ou consumidores pontuais
para o tratamento e ainda dar apoio psicológico quando
necessário. Sediada na Covilhã a primeira
equipa já começou a fazer trabalho de rua
em Janeiro, no horário das 21 horas à meia-noite.
"Aqui, na cidade, ainda não encontramos situações
de toxicodependência muito expostas, e estamos a orientar
a nossa acção para as casas de alterne, já
que as prostitutas são o outro público alvo",
refere o coordenador do projecto, José Carlos Dias.
A falta de voluntários para integrar as equipas de
rua e de um espaço físico para o pólo
que a Associação Novo Olhar decidiu abrir
na Covilhã são algumas das dificuldades acrescidas
que os técnicos do projecto têm enfrentado.
Apesar de ser um distrito do Interior, em Castelo Branco
"há bastante consumo", garante a coordenadora
do IPDT, Núcleo de Castelo Branco, Maria José
Baptista, que defende a existência de "mercado"
para o projecto. "É necessário proteger
a saúde individual de cada um dos consumidores e
a saúde pública", afirma. As expectativas
são grandes e, em Abril, a equipa espera ter já
uma viatura móvel para circular pelas artérias
do distrito.
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Instituto
da Droga e autarquias de mãos dadas
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As Câmaras
Municipais do Fundão e Belmonte têm
a funcionar desde Outubro, o Plano de Prevenção
Primária das Toxicodependências.
O Plano Municipal de Belmonte tem integrado dois
projectos, um do Centro de Cultura Pedro Álvares
Cabral e outro da Associação Senhora
da Esperança. No Fundão, a autarquia
envolveu duas instituições, a Santa
Casa da Misericórdia e a Associação
de Desenvolvimento Integrado da Beira Baixa.
O projecto é financiado pelo Instituto
Português da Droga e Toxicodependência
(IPDT), organismo que contribui com a maior tranche,
pelas autarquias e pelas associações
promotoras. As actividades desenvolvidas pelas
entidades envolvidas vão desde saraus,
a conferências, teatro e inquéritos
para fazer um diagnóstico da situação.
Segundo a coordenadora do IPDT, o objectivo deste
Plano é ajudar os jovens a ter auto-estima
e desenvolverem competências pessoais e
sociais de forma a escolherem estilos de vida
saudáveis. Maria José Baptista acrescenta
que já foi feita uma primeira avaliação
dos projectos e os resultados revelaram-se excelentes.
Ainda em 2002, o IPDT espera implementar mais
três Planos Municipais.
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