Margarida Botelho, durante o debate
sobre o ensino superior que decorreu na AAUBI
|
Deputada da
Assembleia da República visita a cidade de Ramallah,
na Palestina
"Bem-vindos à
nossa enorme prisão"
De regresso da sua
viagem a Israel e à Palestina, a deputada Margarida
Botelho declarou terça-feira, na Covilhã,
que a invasão da Palestina por parte de Israel
prejudica árabes e israelitas. Acrescentou que
os atentados dos extremistas contra civis desfavorece
o entendimento entre os povos dos dois países.
|
Por Mariana
Morais
|
|
|
"A situação
é terrível. Um palestiniano com quem falámos
em Ramallah, para nos descrever a vida que vivem, disse-nos
"Sejam bem-vindos à nossa enorme prisão!",
afirmou no dia 12, na Covilhã, a deputada Margarida
Botelho.
Integrada numa delegação do grupo parlamentar
do Partido Comunista Português (PCP), a deputada contactou
deputados do Knesset (parlamento) israelita, em Jerusalém
e com forças da Autoridade Palestiniana. "Falámos
com Yasser Arafat que se mostrou muito sensibilizado por,
numa situação tão difícil, nos
termos deslocado a Ramallah para lhe prestarmos a nossa
solidariedade", sublinhou Margarida Botelho.
Na opinião da deputada do PCP, o diálogo é
a única forma de pôr termo ao conflito entre
árabes e israelitas. Todas as forças palestinianas
contactadas pela delegação do PCP condenaram
os atentados terroristas " não só por
serem de uma crueldade enorme para com os civis, mas também
porque se voltam contra a sua própria luta".
Nas conversas e encontros realizados, sublinhou a deputada
"pudemos constatar que os movimentos israelitas a favor
da paz têm tido uma actividade crescente nos últimos
tempos. Há cada vez mais israelitas a compreender
que, enquanto existir uma ocupação militar
da Palestina por parte de Israel a paz não será
possível naquele território".
A Palestina é um dos poucos países árabes
que reconhecem a existência do Estado de Israel. Em
1993, foram assinados em Oslo os acordos de paz que prevêem
que a Palestina fique com pouco mais de 22 por cento dos
seu território histórico aquando da criação
do Estado de Israel em 1948.
Já depois do regresso da deputada comunista, a situação
nos territórios ocupados, especialmente na cidade
de Ramallah, piorou com a entrada das forças israelitas.
Entre as vítimas conta-se a morte de um camera man
italiano e um jornalista francês ficou gravemente
ferido.
|
|
|