Por Ricardo Cordeiro


Uma cena de "A Unha e a Carne"

Abordar temas como o suicídio e o sangue de uma forma despreocupada e levar os espectadores a pensarem de uma forma diferente foi o objectivo desta interpretação.
"A Unha e a Carne", uma criação do Grupo de Teatro do Instituto Superior Técnico de Lisboa - GTIST foi representada no Teatro-Cine da Covilhã, na noite do passado sábado.
Num cenário marcado pelo branco, um homem explica a uma mulher, qual o modo mais eficaz para cortar os pulsos. A ouvinte escuta todos os pormenores com muita atenção para de seguida perguntar se alguém quer comer alguma coisa. Cenas como esta, repetiram-se algumas vezes, com um misto de falta de sensibilidade e de loucura.
As personagens entram constantemente em luta uns com os outros, auto mutilam-se e gritam de uma forma irracional e louca. Todos sentem raiva contra a vida quotidiana, estandardizada e ordenada.
A música está presente no decorrer da acção para dar relevo aos risos irracionais e aos choros frenéticos.
A peça foi acompanhada com grande interesse pelos espectadores que, no final da actuação, presentearam os jovens actores com muitos aplausos.
A Unha e a Carne foi encenada pela espanhola Susana Vidal. A encenadora considera "que toda a acção e todas estas personagens, é como se estivessem dentro da cabeça de uma outra pessoa".
O nome da peça reflecte "os encontros do quotidiano, que são usados para os indivíduos cortarem as unhas dos pés e das mãos. A carne simboliza o aspecto humano da questão", concluiu Susana Vidal.

 



EPABI toca de improviso

O 6º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior terminou com um concerto da Escola Profissional de Artes da Beira Interior - EPABI, no Bar Fora D'Horas.
Foram ouvidos instrumentos como a trompa, o contrabaixo, o fagote, o trompete, a caixa, as congas, e o clarinete.
"Bit Ócas", o vocalista, sempre muito activo, pediu várias vezes a intervenção do público. Os presentes eram convidados a escolher um envelope que continha as regras da música a ser tocada. O público aceitou o desafio e a boa disposição foi uma constante. Foi um espectáculo em que o improviso marcou presença, pois os artistas nunca sabiam o que ia acontecer.
Foi desta forma que terminou o 6º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior. Para o ano há mais...