As V Jornadas de Avaliação da Universidade
da Beira Interior ficaram marcadas pelo debate sobre a
questão do insucesso escolar. Docentes das várias
licenciaturas ministradas na UBI, que este ano estão
a ser avaliadas, apresentaram os pontos fortes e estratégicos
e os problemas dos respectivos departamentos, apontando
soluções no sentido de os ultrapassar.
"O processo de auto-avaliação permite-nos
conhecer melhor a Universidade que temos e, assim, melhorar
o ensino", explica Santos Silva, Reitor da UBI. "O
processo do ensino nas universidades não é
uma tarefa apenas dos professores. É necessária
uma participação activa dos alunos para
ter taxas de sucesso". Para o Reitor da UBI, o insucesso
escolar que ainda se verifica nesta instituição
deve-se ao facto de os alunos "não irem às
aulas e não se apresentarem às provas de
avaliação". Refere a este respeito
a existência de uma taxa de apenas 50 por cento
de alunos aprovados.
José Miguel Oliveira, Presidente da Associação
Académica da UBI, mostra-se preocupado com a situação,
referindo que "os mínimos impostos em determinadas
cadeiras impedem os alunos de optar por frequência
ou exame, e isso leva-os a desistir da avaliação".
As Jornadas deste ano inserem-se no 2º Ciclo de Avaliação
que foi alargado a todo o ensino superior, público
e privado.
Simões Lopes, Bastonário da Ordem dos Economistas,
presente nestas jornadas, congratulou as universidades:
"A auto-avaliação é indispensável
para progredir. Foram as universidades que assumiram este
papel. São o único serviço público
que o faz".
No final da sessão, ficou a ideia de que o processo
de avaliação da Universidade da Beira Interior
"deu um salto qualitativo, mas há ainda muitas
questões para resolver", conclui Santos Silva.
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