Na última quinta-feira, dia 7, tomaram posse,
no Hotel Turismo, os novos corpos directivos da Federação
Portuguesa de Esqui (FPE). Esta direcção
tem pela frente quatro anos de actividades em que prometem
continuar o bom trabalho realizado no mandato anterior.
A Federação promete um crescimento ainda
maior ao nível de clubes, desportistas federados
e também no campo da reivindicação.
Os maus tempos parecem ter terminado e as promessas são
várias. O presidente da Direcção,
António José Amarelo, destacou a necessidade
de uma maior ligação ao Ensino Universitário,
e a importância da criação de uma
escola de esqui.
O grande problema parece ser a escassez de orçamento.
A federação pediu ao Instituto Nacional
do Desporto (IND) uma verba que ronda os 89 mil euros,
mas, na melhor das hipóteses, receberá cerca
de 20 mil euros. Esse orçamento dará apenas
para manter a sede aberta a meio gás, para "pagar
a conta do telefone e para enviar as quotizações
ao IND". O pouco que resta será para realizar
duas ou três provas, mas apenas se os clubes as
promoverem.
A direcção acredita que, a curto prazo,
esta situação se alterará. "A
imagem da FPE melhorou muito e mesmo não tendo
um grande passado, a nossa reivindicação
aumentará", referiu António Amarelo.
Uma das boas notícias foi a concretização
de um patrocínio, o que acontece pela primeira
vez na FPE. O contrato ainda não foi assinado,
mas espera-se que a parceria de dois anos com o Grupo
Sumolis seja benéfica.
Outro dos problemas deste ano foi a falta de condições
para a prática das várias modalidades desta
federação. A neve chegou muito tarde e a
pista sintética da Serra da Estrela não
oferece as melhores condições. Devido a
estes motivos, uma boa parte da época foi prejudicada.
As provas começaram apenas no passado sábado,
com a realização de um jornada em trenó.
Uma das prioridades deste corpo directivo é a criação
de uma escola de esqui. Para António Amarelo, este
será um passo muito importante para o desenvolvimento
do desporto de neve em Portugal. Será uma escola
para formação de técnicos e treinadores,
com uma índole técnica, pedagógica
e científica.
Esta direcção espera ainda este ano resolver
o problema da Sede Social. As instalações
na Garagem de S. João são pouco dignificantes
e espera-se que as conversações com a Câmara
cheguem a bom porto. Para a FPE, a edilidade tem a obrigação
moral de proporcionar à federação
uma maior visibilidade.
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