Por Francisco Carvalho


Novos orgãos da Federação Portuguesa de Esqui tomam posse

Na última quinta-feira, dia 7, tomaram posse, no Hotel Turismo, os novos corpos directivos da Federação Portuguesa de Esqui (FPE). Esta direcção tem pela frente quatro anos de actividades em que prometem continuar o bom trabalho realizado no mandato anterior.
A Federação promete um crescimento ainda maior ao nível de clubes, desportistas federados e também no campo da reivindicação. Os maus tempos parecem ter terminado e as promessas são várias. O presidente da Direcção, António José Amarelo, destacou a necessidade de uma maior ligação ao Ensino Universitário, e a importância da criação de uma escola de esqui.
O grande problema parece ser a escassez de orçamento. A federação pediu ao Instituto Nacional do Desporto (IND) uma verba que ronda os 89 mil euros, mas, na melhor das hipóteses, receberá cerca de 20 mil euros. Esse orçamento dará apenas para manter a sede aberta a meio gás, para "pagar a conta do telefone e para enviar as quotizações ao IND". O pouco que resta será para realizar duas ou três provas, mas apenas se os clubes as promoverem.
A direcção acredita que, a curto prazo, esta situação se alterará. "A imagem da FPE melhorou muito e mesmo não tendo um grande passado, a nossa reivindicação aumentará", referiu António Amarelo. Uma das boas notícias foi a concretização de um patrocínio, o que acontece pela primeira vez na FPE. O contrato ainda não foi assinado, mas espera-se que a parceria de dois anos com o Grupo Sumolis seja benéfica.
Outro dos problemas deste ano foi a falta de condições para a prática das várias modalidades desta federação. A neve chegou muito tarde e a pista sintética da Serra da Estrela não oferece as melhores condições. Devido a estes motivos, uma boa parte da época foi prejudicada. As provas começaram apenas no passado sábado, com a realização de um jornada em trenó.
Uma das prioridades deste corpo directivo é a criação de uma escola de esqui. Para António Amarelo, este será um passo muito importante para o desenvolvimento do desporto de neve em Portugal. Será uma escola para formação de técnicos e treinadores, com uma índole técnica, pedagógica e científica.
Esta direcção espera ainda este ano resolver o problema da Sede Social. As instalações na Garagem de S. João são pouco dignificantes e espera-se que as conversações com a Câmara cheguem a bom porto. Para a FPE, a edilidade tem a obrigação moral de proporcionar à federação uma maior visibilidade.