O PP apresenta nestas eleições legislativas
o advogado Mota Campos como cabeça de lista pelo
distrito de Castelo Branco. O candidato popular vê
esta campanha política como uma luta pelas verdadeiras
ideias que interessa discutir, e apresenta três
projectos estruturantes para o distrito.
O primeiro é o comboio de alta velocidade. O candidato
propõe a "linha em T deitado" que ligaria
Lisboa ao Porto, com a ligação a Espanha
a passar por Castelo Branco.
O segundo projecto é o aeroporto comercial da Covilhã,
que já está pensado desde o antigo regime
e que, para o candidato, não é um projecto
nada megalómano. Seria um aeroporto preparado para
receber aviões de média dimensão
com capacidade de 20 ou 30 lugares e carga comercial.
O projecto inclui um hangar simples que, segundo o candidato,
custaria tanto como os estudos e projectos para o aeroporto
da OTA.
O último projecto estruturante é dar um
sentido ao regadio da Cova da Beira. Mota Campos diz que
este projecto já está definido desde os
anos 60 e, apesar de ser terminado em 2006, não
terá a rentabilidade prometida. "Falta a mão-de-obra
especializada e as estruturas logísticas para os
14 mil hectares de regadio serem rentabilizados",
declara o candidato popular.
Outra das prioridades para o PP para este distrito é
a descentralização. Mota Campos considera
necessário trazer para Castelo Branco os meios
necessários para se tomarem as decisões
por quem vive e sente os problemas. "Mas disso ninguém
fala nesta campanha", refere.
Por isso, o candidato popular critica duramente a campanha,
tanto a nível nacional como regional. É
a campanha do Euro 2004 e da bipolarização
entre rosas e laranjas. Mas como o PP não tem dinheiro
para este tipo de campanha massiva, tem de se dar aconhecer,
essencialmente, pelos meios de comunicação,
na tentativa de se afirmar como alternativa que é.
Mota Campos faz um forte apelo aos eleitores: "Se
querem mudar, têm que dar um voto de confiança
ao PP para podermos participar activamente e sermos influentes
durante quatro anos". Para o PP, é necessário
impedir os malefícios de uma maioria absoluta e
lutar para que se façam as verdadeiras reformas
estruturais. Na opinião deste advogado, a campanha
tem sido vazia de ideias e assemelha-se a "um concurso
pimba". É uma campanha onde aparece uma "pára-quedista
política" que "não conhece os
problemas da região e reduz a política a
pouco mais do que nada".
O PP quer subir mais de 10 mil votos nestas eleições
para eleger um deputado, mas Mota Campos garante não
se sentirá derrotado se tal não acontecer.
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