Joana Dias, responsável pelos Serviços
de Documentação da UBI, não nega
que haja barulho na Biblioteca, mas afirma que se trata
de um problema que não é da sua responsabilidade.
"A grande culpa de haver muito barulho é dos
alunos que a frequentam", referiu. "Os alunos
quando chegam à universidade têm que vir
com um mínimo de educação e de civismo"
afirmou. Joana Dias deu um exemplo: no âmbito dos
Dias da UBI, visitaram a biblioteca cerca de 100 crianças
"que fizeram menos barulho do que muitos dos alunos
universitários que por aqui passam".
"Os alunos comportam-se como se estivessem na rua
ou no café. Atendem os telemóveis, respondem
às mensagens e acima de tudo não sabem falar
baixo", critica a responsável pela Biblioteca.
"Quando são chamados à atenção
pelos funcionários, respondem muito mal e ficam
muito ofendidos como se não estivessem a fazer
nada de mal" continuou.
A pensar na realização de trabalhos de grupo,
que são causa de muito ruído, foram criadas
duas salas de estudo próprias para esse efeito.
Mas os alunos não as utilizam "porque gostam
de fazer barulho".
Outro ponto negativo apontado à Biblioteca é
o facto ter aberto antes de estar a funcionar em pleno.
Joana Dias garante que tal aconteceu pela "falta
urgente de espaço".
Entre os próprios alunos existem muitos que se
queixam do ruído. Tânia Nóbrega, do
curso de Engenharia Civil, refere que "para além
do barulho incómodo das máquinas e dos trabalhadores
que arrumam a Biblioteca, ainda existe o barulho que muitos
dos alunos fazem. É muito difícil estudar
em silêncio e em sossego nesta Biblioteca"
afirmou.
Apesar de tudo a Biblioteca Central continua a funcionar,
registando boas taxas de ocupação. Mas o
problema poderá assumir contornos mais preocupantes
na época de exames que se inicia no próximo
mês de Junho.
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