Elementos do património histórico de Belmonte,
Trancoso e Castelo Branco podem desmoronar a qualquer
momento. Entre as estruturas ameaçadas estão
castelos e muralhas, classificados pelo Instituto Português
do Património Arquitectónico (IPPAR). O
mau estado em que se encontram os monumentos destas localidades
deve-se às chuvas torrenciais do início
de 2001, que abriram fendas e provocaram problemas estruturais.
O perigo é eminente e, antes que aconteça
o mesmo que se passou no castelo de Marialva, a Direcção
Regional do IPPAR de Castelo Branco está a proceder
ao levantamento das situações de risco.
A janela manuelina do castelo de Belmonte está
já a ser alvo de intervenção, uma
vez que, e segundo José Afonso, director regional
do Instituto, citado pelo Diário de Notícias,
"se encontra numa situação muito melindrosa".
O mesmo se passa numa das torres do Castelo de Trancoso,
que corre o risco de ruir. Em relação a
Castelo Branco, a muralha manuelina está, também,
em avançado estado de degradação
e nalguns sítios da estrutura podem ver-se buracos
ou troços onde o que existe se resume ao "miolo"
da fortaleza e partes de parede constituída apenas
por pedra mais pequena e argamassa. A situação
torna-se ainda mais perigosa quando existem habitações
"coladas" à muralha. "É preciso
agir imediatamente", reconhece o responsável
do IPPAR, ainda em declarações ao DN. Uma
necessidade que levou a que no terreno estejam já
técnicos do organismo a proceder ao registo do
estado de conservação da muralha. O projecto
de recuperação está, no entanto,
condicionado pela averiguação de quem é
a entidade a que está afecto o troço em
causa. Não se sabe ainda se as obras são
da responsabilidade da Câmara ou de um proprietário
privado.
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