No penúltimo dia
de pré-campanha para as legislativas, Francisco Louçã,
líder do Bloco de Esquerda (BE) visitou o distrito
de Castelo Branco. Diz que visitou "alguns casos de
sucesso, como o Gabinete de Apoio à Vitima, o primeiro
do país em Castelo Branco", conheceu as instalações
do Hospital Cova da Beira, na Covilhã, e falou para
os alunos da Universidade da Beira Interior. A nota dominante
da palestra foi o combate contra a globalização,
mas houve ainda tempo para lançar algumas "farpas"
contra os restantes líderes partidários nacionais.
O anfiteatro da Associação Académica
da Universidade da Beira Interior (AAUBI) encheu quase por
completo para ouvir o líder do BE falar de globalização,
economia nacional, política social, entre outros
assuntos. Questões como os medicamentos genéricos,
uma proposta de Ferro Rodrigues, secretário geral
do Partido Socialista, a fuga ao fisco, a privatização
da Caixa Geral de Depósitos ou da Segurança
Social, propostas por Durão Barroso, presidente do
Partido Social Democrata, o cheque educação
proposto por Paulo Portas, líder do Partido Popular,
tudo isto Francisco Louçã criticou, defendendo
um "serviço público de referência
e de qualidade" que considera fundamental mas que só
será possível se "não se andar
a prometer facilitismo". Para o líder bloquista
"este Governo caiu e magoou-se", acusando António
Guterres de ter tido "receio da banca deixando "na
gaveta" algumas reformas como o levantamento do sigilo
bancário que permitisse controlar os grandes capitais".
Francisco Louçã falou ainda de uma "nova
esquerda que já começa a existir em Portugal,
à semelhança do que acontece à escala
mundial com um grande debate das esquerdas".
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"O peso de um voto na Covilhã para nós
é o mesmo de um voto em Lisboa", sublhimhou
o líder bloquista
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No final, e depois de ter respondido a algumas questões
dos alunos presentes, o balanço do líder
bloquista era claramente positivo: " Foi uma visita
positiva", lembrando que "o objectivo do Bloco
de Esquerda passa por reforçar a sua posição
a nível nacional". Reconhece que "é
muito difícil o BE disputar estas eleições,
mas o peso de um voto na Covilhã para nós
é o mesmo de um voto em Lisboa". Depois da
intervenção de Francisco Louçã,
foi a vez de Miguel Reis, militante do Bloco de Esquerda,
fazer uma pequena intervenção sobre a Conferência
Mundial Contra a Globalização que decorreu
em Porto Alegre, no Brasil, no passado mês de Janeiro.
Presentes nesta conferência estiveram ainda Luís
Franco, dinamizador do núcleo do Bloco de Esquerda
da Universidade da Beira Interior, José Serra,
mandatário do Bloco de Esquerda do Distrito de
Castelo Branco para as legislativas do próximo
dia 17 de Março, Fernando Palouro, director do
Jornal do Fundão, que foi o moderador da tarde,
e Paula Nogueira, cabeça de lista do BE por Castelo
Branco.
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