Francisco Louçã
Francisco Louçã em pré-campanha
Contra a globalização, lutar, lutar...

Francisco Louçã passou pelo Distrito de Castelo Branco em pré-campanha eleitoral no passado dia 28 de Fevereiro. Visitou o Hospital Cova da Beira e falou com alunos da UBI sobre globalização.


Por Anselmo Crespo


No penúltimo dia de pré-campanha para as legislativas, Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda (BE) visitou o distrito de Castelo Branco. Diz que visitou "alguns casos de sucesso, como o Gabinete de Apoio à Vitima, o primeiro do país em Castelo Branco", conheceu as instalações do Hospital Cova da Beira, na Covilhã, e falou para os alunos da Universidade da Beira Interior. A nota dominante da palestra foi o combate contra a globalização, mas houve ainda tempo para lançar algumas "farpas" contra os restantes líderes partidários nacionais.
O anfiteatro da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) encheu quase por completo para ouvir o líder do BE falar de globalização, economia nacional, política social, entre outros assuntos. Questões como os medicamentos genéricos, uma proposta de Ferro Rodrigues, secretário geral do Partido Socialista, a fuga ao fisco, a privatização da Caixa Geral de Depósitos ou da Segurança Social, propostas por Durão Barroso, presidente do Partido Social Democrata, o cheque educação proposto por Paulo Portas, líder do Partido Popular, tudo isto Francisco Louçã criticou, defendendo um "serviço público de referência e de qualidade" que considera fundamental mas que só será possível se "não se andar a prometer facilitismo". Para o líder bloquista "este Governo caiu e magoou-se", acusando António Guterres de ter tido "receio da banca deixando "na gaveta" algumas reformas como o levantamento do sigilo bancário que permitisse controlar os grandes capitais".
Francisco Louçã falou ainda de uma "nova esquerda que já começa a existir em Portugal, à semelhança do que acontece à escala mundial com um grande debate das esquerdas".

Reforçar a posição do BE

"O peso de um voto na Covilhã para nós é o mesmo de um voto em Lisboa", sublhimhou o líder bloquista

No final, e depois de ter respondido a algumas questões dos alunos presentes, o balanço do líder bloquista era claramente positivo: " Foi uma visita positiva", lembrando que "o objectivo do Bloco de Esquerda passa por reforçar a sua posição a nível nacional". Reconhece que "é muito difícil o BE disputar estas eleições, mas o peso de um voto na Covilhã para nós é o mesmo de um voto em Lisboa". Depois da intervenção de Francisco Louçã, foi a vez de Miguel Reis, militante do Bloco de Esquerda, fazer uma pequena intervenção sobre a Conferência Mundial Contra a Globalização que decorreu em Porto Alegre, no Brasil, no passado mês de Janeiro. Presentes nesta conferência estiveram ainda Luís Franco, dinamizador do núcleo do Bloco de Esquerda da Universidade da Beira Interior, José Serra, mandatário do Bloco de Esquerda do Distrito de Castelo Branco para as legislativas do próximo dia 17 de Março, Fernando Palouro, director do Jornal do Fundão, que foi o moderador da tarde, e Paula Nogueira, cabeça de lista do BE por Castelo Branco.