No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) decorreu
na terça-feira, 19, a assinatura do contrato de
construção do novo edifício da Escola
Superior de Turismo e Telecomunicações (ESTT),
situada em Seia. O custo da obra ascende aos dois milhões
e 700 mil euros (cerca de 540 mil contos).
O processo foi desencadeado pelo ex-presidente do IPG,
Álvaro Bento Leal, como fizeram questão
de sublinhar o actual responsável, Jorge Mendes,
e o autarca de Seia, Eduardo Brito. Para o edil, aliás,
a concretização deste projecto, "em
que Bento Leal colocou um grande empenho", é,
para Seia e todo o distrito guardense, "que ainda
não tirou do Instituto todo o proveito", uma
valorização. Ainda de acordo com Eduardo
Brito, a Câmara Municipal vai colocar à disposição
do IPG um edifício no centro histórico,
para a instalação, a curto prazo, de uma
residência de estudantes. "Resolvemos o problema
dos alunos e damos mais vida à área histórica",
justifica o presidente. Para o presidente do Politécnico,
por sua vez, a assinatura do contrato de construção
do edifício da ESTT é um "acto simbólico
que marca o arranque definitivo da edificação
do novo estabelecimento".
Já no que diz respeito à criação
da Escola Superior de Saúde da Guarda, Jorge Mendes
afirma: "O processo foi todo entregue na Secretaria
de Estado do Ensino Superior, quer o pedido formal da
passagem da Escola Superior de Enfermagem a Superior de
Saúde, quer as propostas concretas de cursos para
funcionarem em 2002/2003, nomeadamente Radiologia e Farmácia.
Mas, apesar de todos os esforços, ainda não
temos uma resposta oficial". O responsável,
todavia, realça que "existe uma comissão
de avaliação/estudo dos cursos na área
da saúde, nomeada pelo actual Governo, que tem
que se pronunciar sobre esta e outras escolas e cursos".
Qualificação dos docentes a subir
Um ano depois de ter tomado posse como presidente, Jorge
Mendes comenta que "este foi um período tranquilo,
onde se efectuou muito trabalho preparatório para
que alguns projectos de vulto venham a ser uma realidade
neste e no próximo ano". Consciente de que
as polémicas "existem e vão existir
sempre", o responsável máximo do IPG,
garante que "são sinal de que nem todos pensam
da mesma forma e que se podem expressar livremente".
Contudo, e numa alusão directa a intervenções
para o exterior sobre assuntos internos sustenta: "Essas
diferenças de opinião devem ser discutidas
em sede própria, nos órgãos do Instituto
e das escolas e não em praça pública,
por vezes com interesses menos confessáveis".
Instado a pronunciar-se sobre a evolução
do corpo docente do Politécnico nos últimos
anos, Mendes diz não ter dúvidas em afirmar
que "a realidade em termos de qualificação
do pessoal docente (e mesmo não docente), em relação
aos últimos 10 anos, é completamente diferente,
para melhor". "Temos já um conjunto de
doutorados em número apreciável e uma larga
maioria dos nossos docentes com o grau de mestre. É
ainda de referir que temos muitos docentes em processo
de doutoramento pelo que, nos próximos cinco anos,
a situação será bastante boa".
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