O Centro de Formação Agrária é especializado em fruticultura e viticultura e custou 500 mil euros
Teixoso
Formação profissional agrária arranca na Quinta de Lamaçais
Governo preocupado com baixa ocupação no País

A região tem, desde a última semana, na Quinta de Lamaçais, um Centro de Formação Profissional Agrária. O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Vítor Barros, inaugurou a estrutura, mas mostrou preocupação pelo facto de a taxa de ocupação ser apenas de 20 por cento nos 50 centros do País.


João Alves
NC/Urbi et Orbi


O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Vítor Barros, está desagradado pelo facto de haver uma taxa de ocupação muito baixa nos 50 Centros de Formação Profissional Agrária espalhados pelo País. "O Ministério da Agricultura tem muitas destas estruturas, mas a taxa de ocupação ronda apenas os 20 por cento. Tem que se mudar a maneira como é feita a formação", afirma Vítor Barros, que critica o facto de muita gente apenas querer fazer formação para ganhar dinheiro e não para colmatar as necessidades do sector agrícola.
O governante esteve na sexta-feira, 15, na Quinta de Lamaçais, um local que ainda pertence ao concelho da Covilhã (mais concretamente à freguesia do Teixoso), mas que se encontra mesmo no limite do concelho, perto de Caria (concelho de Belmonte). Foi nessa Quinta que Vítor Barros inaugurou o novo Centro de Formação Agrário, que custou cerca de 100 mil contos e que contribuiu também para que um imóvel degradado fosse recuperado. O Centro servirá agricultores de toda a Cova da Beira e será especializado em fruticultura e viticultura. Os formandos têm já ao seu dispôr novíssimas salas equipadas com material didáctico, mas também estarão num local onde poderão ver as coisas ao vivo.
Para o director da DRABI, Rui Moreira, esta estrutura vem colmatar uma deficiência da região, já que muitos agricultores procuram formação no distrito, sem ter um local fixo onde possam aprender. Este Centro tem uma pequena diferença em relação a outros, já que não dispõe de alojamento. No entanto, Rui Moreira diz que se juntou "o útil ao agradável", já que se remodelou um edifício e se encontrou um local onde todas as associações poderão recorrer. Já para Vítor Barros, esta recuperação de imóveis é algo que o Ministério da Agricultura tem procurado fazer, embora "os fracos orçamentos não o permitam, por vezes". O responsável governativo salienta que é necessário especializar a formação na fruticultura e viticultura, pois são duas vertentes "em que a Beira Interior tem potencialidades". Já o presidente da Junta de Freguesia do Teixoso, Carlos Mendes, salienta que esta é uma mais valia para a freguesia. O autarca diz que o Centro poderá melhorar a agricultura na Beira Interior.