É uma obra nova
e o seu objectivo é o de contribuir para o desenvolvimento
de cerca de uma centena de autarquias da Região Centro.
Chama-se "Um modelo de desenvolvimento para a Região
Centro de Portugal- uma perspectiva empresarial" e
é o novo livro que o Conselho Empresarial do Centro
(CEC) apresentou na quarta-feira, 6.
Esta edição resulta das conclusões
do terceiro Congresso de empresários do Centro, que
se realizou em Viseu, em Dezembro de 2000, e que foi coordenado
por Augusto Mateus. Agora, o CEC pretende enviar um exemplar
do livro a cada dos 101 presidentes de câmara da região,
de modo a que esses possuam "um documento estratégico
que possa contribuir para o desenvolvimento" refere
o presidente do CEC, Almeida Henriques, em declarações
à Agência Lusa. E adianta: "Quando os
autarcas pensarem em planos estratégicos, pensem
neste plano".
Nas cerca de 200 páginas do livro é mostrada
uma visão empresarial do que deve ser o desenvolvimento
de uma área "espartilhada entre a pressão
do Norte e do Sul". O exemplar também vai ser
enviado, posteriormente, aos vários deputados eleitos
pelos círculos eleitorais da Região Centro.
Almeida Henriques diz que é necessário puxar
pelos seis distritos (Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Guarda,
Leiria e Viseu) "a uma só velocidade" e
confia que este documento apresenta soluções
viáveis nesse sentido.
Estreitar relações com Espanha
O novo modelo fala na produtividade como factor de sucesso,
a aposta na modernização e a intensificação
de relações com Espanha, nomeadamente Castilla
e Léon. Nas dificuldades sentidas pela região,
destacam-se a escassez de quadros intermédios e
operários especializados, bem como as acessibilidades.
"Após o diganóstico que fizemos, temos
de dizer aos poderes políticos que o caminho tem
de ser este" refere Almeida Henriques.
O documento estará na base de uma sessão
de vídeo-conferência, que ligará os
seis distritos, no final do mês, realizada em Leiria,
e na qual estará o ex-ministro da Economia de António
Guterres, Augusto Mateus.
Recorde-se que no Congresso em Viseu, (no qual o NC marcou
presença), Augusto Mateus lembrou os mais de mil
empresários presentes de que deverão corrigir
alguns defeitos do passado e tentar melhorar alguns aspectos,
como criar riqueza através de recursos naturais
existentes. O ex-ministro referia que alguns factores
adversos, como a desertificação, se poderiam
tornar em vantagens, mas que os portugueses teriam que
"melhorar a nossa organização nas empresa".
Mateus relembrava ainda a necessidade de uma maior aproximação
entre institutos e universidades, pois só assim
se poderá mudar a história da interioridade.
"É preciso fazer uma história em que
se crie algo que deixe de ser interior. Será preciso
movermo-nos 10 vezes mais depressa que os outros"
salientava Augusto Mateus.
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