Hélder Sequeira
NC/Urbi et Orbi


A nova unidade hospitalar poderá complementar o trabalho efectuado no Sousa Martins

Uma nova unidade de saúde vai ser instalada, daqui a dois anos, no antigo Hospital da Guarda. A garantia é dada pela Santa Casa da Misericórdia. O projecto envolve uma clínica espanhola e um grupo de médicos portugueses. Segundo o provedor da Santa Casa, Jorge Fonseca, é urgente recuperar o edifício hospitalar, daí a instituição ter que "arrancar com um projecto". Projecto esse que prevê, numa fase inicial, o aproveitamento do primeiro piso da unidade hospitalar para os serviços administrativos, sala de espera para os doentes e gabinetes destinados a consultas médicas. Já a zona destinada à cirurgia está projectada para o Pavilhão Gulbenkian. Quanto aos restantes pisos, estes vão ser aproveitados, mas não numa segunda fase, já que, justifica José Fonseca, "não é fácil pôr uma unidade hospitalar de pé, pelo que se vai desenvolver por fases".
O projecto já foi protocolado entre a Casa da Misericórdia, Clínica espanhola de São Marcos, Centro Médico de Castelo Branco e um grupo de médicos da região. No entanto, a instituição pretende desenvolver esforços para angariar apoios externos, uma vez que a Santa Casa "não possui estruturas técnicas, nem humanas para avançar isoladamente com as obras", explica o responsável.
A nova unidade contempla, igualmente, a instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados, uma valência que, na opinião de Jorge Fonseca, "faz muita falta na região, podendo contribuir para libertar um pouco os hospitais e mesmo os lares da Misericórdia, que têm muitas pessoas acamadas". Em relação aos custos envolvidos, o provedor da Santa Casa não avança valores, mas acredita que a unidade hospitalar vai estar a funcionar dentro de dois anos, isto é, em 2004. Ainda em relação ao protocolo assinado, ficou definida a preferência da nova unidade por médicos da região e caso estes não sejam suficentes para responder às necessidades, Manuel Romero, gestor da Clínica de São Marcos, garante "que não vai ser difícil trazer profissionais de Espanha".
Esta nova unidade não tem a intenção de competir com o Hospital Sousa Martins e Jorge Fonseca esclarece que "o novo serviço pretende complementar o público com o privado".