Anabela Gradim
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A casa dos livros
A UBI abriu esta semana ao público as instalações
da sua Biblioteca Central. Nova, moderna, com mais espaço,
bem apetrechada, e luminosa, a biblioteca vai receber
60 mil volumes pertencentes à universidade e que
se encontravam dispersos por várias bibliotecas
temáticas. A casa dos livros tem capacidade para
250 alunos e, muito importante, funcionará em horário
alargado para melhor servir o seu público.
É importante, para a universidade, possuir uma
biblioteca de que se possa orgulhar, por razões
simbólicas - ela é um órgão
vital do corpo que a universidade é - mas também
de ordem prática. Uma biblioteca é uma casa
de livros, de estudo e de trabalho, onde professores e
alunos procuram activamente o saber, algo que, recordê-mo-lo,
foi, ou deveria ter sido, o que os uniu aqui na Covilhã
em primeiro lugar.
E é exactamente para isso que serve uma biblioteca.
Uma casa onde vivem livros, é um local onde se
respira trabalho, pois todos os seus estudantes se dedicam
a essa actividade milenar que é a produção
e transmissão do saber. Falta lá muita coisa?
Pode ser. Mas basta que não falte do espírito
de inquirição e construção
da ciência para se ter já conquistado algo
muito importante. Poderiam lá existir o quádruplo
dos livros, que fechados e não lidos, largados
ao pó e às traças, tudo neles seria
literalmente letra morta. É isso que é preciso
contrariar.
Uma universidade não é só os seus
cursos, professores e alunos, é também a
sua biblioteca e os volumes que ela abriga. A UBI, que
é uma universidade jovem - pelo menos na unidade
de tempo em que se mede a vida das instituições
- ainda tem muito trabalho pela frente, e muitos anos
hão-de passar até que a sua biblioteca seja,
pelo menos em algumas áreas, uma referência.
Mas é certo que nesta zona de interior, mesmo com
o acervo de livros que hoje possui, é já
a maior biblioteca da região. E para ser mais e
melhor que isso está no bom caminho. Saibam professores
e alunos tirar partido dela como merece.
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