José Geraldes
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Mandatos e acções
Mandato novo, novas acções.
Os novos presidentes de câmara ou os que renovam
mandato, delinearam, nos discursos de tomada de posse,
as novas acções a desenvolver nos seus respectivos
concelhos. Autarcas houve até que, de forma clara,
abordaram problemas de política nacional: caso
dos autarcas da Covilhã, Carlos Pinto e do Fundão,
Manuel Frexes.
Os presidentes de Câmara do eixo Guarda - Covilhã
- Castelo Branco reivindicaram, cada um à sua maneira,
o lugar do seu concelho no desenvolvimento regional. O
facto é positivo desde que não caiam numa
visão paroquial quando se equacionarem soluções
estratégicas de conjunto para o bem das populações.
E é de lembrar Péguy : "Ou nos salvamos
todos juntos ou nos condenamos todos juntos."
Ao defenderem os seus concelhos, com toda a legitimidade
de eleitos, os autarcas estão conscientes da confiança
que lhes deram os eleitores e das responsabilidades daí
decorrentes. E pelas quais devem responder.
Claro que a resposta também tem a ver com as tranferências
financeiras do Estado para os municípios qualquer
que seja o Governo saído das Legislativas de Março.
Carlos Pinto lamentou no seu discurso que, em Portugal,
as tranferências do Orçamento do Estado para
as autarquias sejam ainda apenas na ordem dos 11 por cento
quando, na Europa, já se aproximam dos 20 por cento.
O autarca tem toda a razão. Sem dinheiros não
se pode avançar com projectos. E os municípios
sentem-se limitados.
Há um aspecto a salientar: a presença de
presidentes de Câmara eleitos pelo PS na tomada
de posse Carlos Pinto. O facto, para além de mero
gesto de cortesia, indica um tipo de relacionamento que
abre boas perspectivas de colaboração no
futuro. E que só vem beneficiar o desenvolvimento
regional. E o convite às autarquias do Fundão,
Belmonte e Penamacor para integrarem o Parkurbis indica
uma metodologia de trabalho que se revela interessante.
Tanto mais que este organismo em pleno funcionamento abrirá
caminhos de excelência na investigação.
E tem a potencialidade de criar novos empregos e ser um
pólo de fixação na Cova da Beira.
Tudo isto somado às sinergias com a UBI é
um prenúncio de novas etapas na estratégia
do nosso desenvolvimento.
No que diz respeito à Covilhã, merecem-nos
atenção três pontos, no discurso do
presidente, dentro do "aumento da qualidade de vida":
a habitação, a saúde e o emprego.
Qualquer ser humano deseja ter uma casa com o mínimo
de condições. E, embora muito já
se tenha feito nesta área, os esforços para
prosseguir são bem-vindos. É pena que o
Programa Polis não contemple a zona histórica.
Zona que, no futuro, não se deve esquecer.
Tudo o que se fizer pela saúde, desde o serviço
de hemodiálise à abertura de vagas no novo
Hospital, será um grande passo em frente. E a pressão
junto do Governo tem de continuar. O emprego é
a condição básica para uma sociedade
progressiva. Se o Parque Industrial do Tortosendo e o
Parkurbis constituem uma alavanca, a luta para atrair
novos investidores não pode parar.
E as acessiblidades continuam na linha da frente. A exigência
do IC6 em perfil de auto-estrada que o município
desencadeou e o presidente, de novo justificou, com argumentos
irrefutáveis, tem que colocar-se como uma prioridade
na execução para toda a Cova da Beira.
Carlos Pinto traçou para a Covilhã e para
o concelho um programa completo de desenvolvimento até
2006, ano em que acabam os fundos estruturais da União
Europeia. Seja do PS ou do PSD o próximo Governo,
não há tempo a perder. Até porque
há sempre o imprevisto das dificuldades, facto
de que o edil tem plena consciência. E que a promessa
de "transformar os votos em acções
façam deste mandato um tempo memorável"
para a Covilhã. É o que todos esperamos.
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