Construída para ser capaz de albergar livros e
documentos da Universidade da Beira Interior durante os
próximos 20 anos, a Biblioteca Central, abriu as
suas portas à Academia e também ao público
em geral, na passada quarta feira, dia 23 de Janeiro.
Uma área de seis mil metros quadrados, que actualmente
tem capacidade para receber 250 pessoas simultaneamente.
É um espaço inovador, mais direccionado
para as novas tecnologias, aberto a estudantes, docentes
da UBI e população em geral, das 9 às
20 horas.
Aqui encontram-se livros destinados a todas as licenciaturas
da UBI, equipamento informático (computadores,
DVD's, CDRom, vídeo, terminais gráficos,
acesso à Internet), Centro de Documentação,
Centro de Estudos Judaicos, publicações
periódicas e uma nova fotocopiadora.
"Até final do mês de Fevereiro esperamos
que tudo esteja pronto", afirma Joana Dias, responsável
pela Biblioteca Central, na medida em que "ainda
há muito para fazer" e só em Fevereiro
vai estar disponível o Banco Mundial, ou seja,
estudos realizados sobre o desenvolvimento e que vão
deixar de estar em arquivo. A área de medicina
só nesta altura estará disponível,
tal como os 80 computadores com acesso à Internet.
É também neste mês que o horário
da Biblioteca vai ser alargado das 9:00 às 24:00,
inclusive aos sábados.
A nova Biblioteca Central tem maior capacidade do que
a antiga e deverá albergar livros e equipamentos
durante os próximos 20 anos. Por enquanto, recebe
250 pessoas, possui duas salas de leitura de grupo, e
o número de terminais de consulta aumentou de um
para quatro.
Este novo espaço possui cerca de 60 mil livros,
que estavam em todas as bibliotecas, agora desactivadas,
excepto a Biblioteca do Pólo das Ciências
Sociais e Humanas (Ernesto Cruz) que se mantém
em funcionamento.
"Todos os anos a Biblioteca recebe aproximadamente
cerca de 7500 livros novos, de acordo com as áreas
leccionadas na instituição", mas esta
biblioteca "não tem as mesmas funções
que uma Biblioteca Municipal", afirma Joana Dias.
"são os alunos
que têm de ter uma atitude construtiva do
local e dizer o que pretendem para se poder melhorar
a qualidade do espaço"
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Uma "atitude construtiva" por parte dos
alunos
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Segundo a responsável pela nova biblioteca,"
numa época de exames, frequências e trabalhos,
a nova biblioteca tem menos alunos do que a antiga",
no entanto mostra-se satisfeita com o novo local, mas
referindo que "são os alunos que têm
de ter uma atitude construtiva do local e dizer o que
pretendem para se poder melhorar a qualidade do espaço".
Alguns alunos da UBI mostraram-se desagradados com o facto
da Biblioteca estar fechada numa altura tão importante
em que é necessário o uso de manuais para
a realização de trabalhos e para estudo
e em que existe a necessidade de salas para estudo. Joana
Dias contesta esta ideia afirmando que "o espaço
só esteve fechado duas semanas e meia " e
por parte dos funcionários do serviço de
documentação "toda a mudança
foi feita o mais rápido possível e com a
maior eficiência".
Na abertura deste novo espaço, a afluência
à biblioteca não foi muita mas os alunos
que ali se encontravam mostravam-se satisfeitos com o
local.
"Está muito bem organizada, com muito espaço,
com mais luz, mesas maiores", refere Lúcia
Inocêncio, aluna de Engenharia do Papel, que aponta
"algumas falhas mas que só o tempo é
que vai levar à organização total".
Para esta aluna o facto da Biblioteca estar fechada durante
duas semanas trouxe-lhe alguns transtornos, que tentou
resolver ao recorrer à Biblioteca da Associação
Académica da UBI e à Biblioteca Municipal.
O alargamento de horário deste espaço "é
bom, pois a Biblioteca Municipal fecha às 18:30,
e por isso não dá para estudar até
mais tarde e a Biblioteca da AAUBI é muito fria",
salienta. Este espaço vai trazer mais qualidade
à vida dos estudantes, na medida em que "se
podem fazer trabalhos de grupo sem perturbar quem está
a estudar", afirma Victor Lemos, estudante de Engenharia
Electromecânica.
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