Nem todos os comerciantes da Covilhã
fazem saldos nesta altura do ano
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Lojas da Covilhã
com preços reduzidos
Saldos euro são
novidade
Os saldos estão
aí e os covilhanenses aproveitam para fazer compras
a preços mais reduzidos. Porém, a dupla
afixação de preços parece baralhar
alguns clientes.
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Marisa Miranda
NC/Urbi et Orbi
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A palavra "saldos"
espalha-se pelas montras das lojas e muitos consumidores
têm agora a oportunidade de comprar aquela peça
de roupa que tanto gostam a preços especialmente
reduzidos. "Nos saldos de inverno há muita procura",
explica a responsável pela loja Alpy, Cristina Rato,
que notou uma quebra de vendas na altura do Natal, pois
"as pessoas preferem esperar pelos saldos". Como
é habitual, a época de saldos inicia-se a
7 de Janeiro, período que, por lei, se pode estender
até 28 de Fevereiro de cada ano. Os saldos representam,
por definição, o momento em que os comerciantes
promovem a venda acelerada dos produtos "em fim de
estação", com objectivo de renovar os
seus stocks. "Os produtos que têm menos saída
ficam sempre mais baratos", explica a responsável
da Carpal Boutiques, que prefere o anonimato. Na maioria
das lojas as reduções nos preços variam
em média entre os 20 e 50 por cento. Do interior
das lojas veêm-se cabeças encostadas às
montras numa tentativa de se certificarem de que o preço
é mesmo aquele. É o caso de um fato, casaco
e saia, que numa época normal custava cerca de 160
euros (32 mil escudos) e agora custa apenas 80 euros (16
mil escudos). No entanto, os preços podem baixar
ainda mais consoante as vendas. "Costumo fazer compras
ao longo do ano, mas pela altura dos saldos costumo aproveitar
bastante. Este ano temos promoções muito boas",
sublinha Carla Pereira, 18 anos, de olho na montra de uma
sapataria.
Do conjunto de lojas que existem na Covilhã há
algumas que preferem não fazer saldos. É o
caso do estabelecimento comercial Romeu, no Shopping Sporting,
que segundo a funcionária, Sofia Seco, "nunca
fez saldos. É a política da casa". "E
nem por isso se sentem grandes quebras nas vendas. Há
pessoas que entram e perguntam se temos saldos e saem. Há
outras que ficam na mesma", salienta.
Mas a grande novidade dos saldos de Inverno 2001 é
o euro. "No papel temos que ter o antigo valor da peça
em euros e escudos, e o preço com a promoção
também nas duas moedas. São muitos preços
e as pessoas têm medo de ser enganadas. Muitas vezes
olham para a montra mas não entram", sublinha
a responsável da Carpal Boutiques que defende que
a informação sobre a nova moeda foi pouca
e a coexistência das duas moedas causa confusão.
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