Dar a conhecer aos utentes das farmácias portuguesas
medicamentos idênticos aos de marca registada mas
mais baratos é o objectivo de uma campanha que
começou na passada segunda feira em todo o País.
A campanha iniciada pelo Ministério da Saúde,
no passado dia 14 de Janeiro pretende dar a conhecer os
medicamentos genéricos que vêm dar resposta
à dificuldade dos portugueses em suportar o elevado
custo de alguns medicamentos.
Apesar de terem a mesma composição que os
medicamentos de marca, os genéricos são
muito mais baratos. Desde que começou esta iniciativa
já foram vendidos alguns genéricos nas farmácias
da Covilhã, na sua maior parte do foro psiquiátrico.
No entanto, ainda não há muitos médicos
a receitar genéricos.
Na opinião de vários farmacêuticos,
os profissionais da Saúde têm um papel determinante
junto dos utentes. Por este motivo, os farmacêuticos
desta região apontam como principal problema o
facto de ainda poucos médicos receitarem medicamentos
genéricos, apesar destes já serem muito
solicitados. "Na Covilhã, as pessoas estão
ansiosas pelos genéricos", esclarece um entrevistado
que pediu anonimato.
Os genéricos não são novidade, uma
vez que já existem há cerca de dez anos.
Esta não é a primeira campanha realizada
pelo Ministério da Saúde, existiu outra
há quatro anos.
Os medicamentos de patente registada são mais caros
devido aos grandes investimentos realizados pelas empresas
farmacêuticas na sua investigação
e em publicidade. Depois de lançada no mercado,
a marca tem exclusividade sobre o produto durante 20 anos.
Depois deste tempo, as outras empresas farmacêuticas
têm acesso à composição do
medicamento em questão e podem comercializá-lo
como genérico, o que se torna mais barato para
os utentes.
Apesar da comparticipação do Ministério
da Saúde atingir, por vezes, os 80 por cento no
valor dos genéricos, este só tem a ganhar
com estes medicamentos alternativos uma vez que estes
reduzem a factura da despesa da Saúde Pública.
|