A lixeira de Celorico da Beira foi uma das últimas
do País a ser desactivada, na sexta feira, 4, ao
final da manhã, após um ultimato da Direcção
Regional do Ambiente do Centro, que levantou mesmo um
auto de notícia à autarquia, já que
tinha sido avisada de que, a partir do dia 16 de Dezembro,
não poderia depositar mais resíduos naquele
local.
Assim, encontram-se desactivadas as 341 lixeiras portuguesas,
com o lixo a ser encaminhado para aterros, como garante
a presidente do Instituto de Resíduos, Dulce Pássaro,
em entrevista ao Diário de Notícias,. A
responsável mostra-se satisfeita pelo Ministério
do Ambiente ter cumprido a desactivação
total em 2001. Na Beira Interior, Celorico da Beira acaba
por ser uma das últimas a encerrar. A partir de
agora, os lixos de Celorico são enviados para as
estações de transferência de Trancoso
e Pinhel e, posteriormente, para a Central de Compostagem
e Aterro Sanitário do Souto Alto, no concelho do
Fundão. A Associação de Municípios
da Cova da Beira cumpre, assim, um objectivo e marca o
início em força do funcionamento do Centro
de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos
(CTRSU). Iniciam-se, também, todas as empreitadas
previstas para o sistema, nomeadamente as sete estações
de transferência e 14 ecocentros. Também
agora se inicia a selagem e recuperação
ambiental das lixeiras desactivadas e desenvolve-se o
processo para implementação da recolha selectiva,
com a colocação dos ecopontos. Recorde-se
que as lixeiras de Manteigas, Penamacor, Sabugal e parte
do Souto Alto foram seladas em 1999/2000, com os trabalhos
a serem financiados pelo II Quadro Comunitário
de Apoio (QCA). A execução dos trabalhos
de selagem das restantes lixeiras estão incluídos
na candidatura apresentada ao Fundo de Coesão.
Faltam verbas para estações de transferência
Quanto às estações de transferência,
são constituídas por um equipamento de transferência
de resíduos sólidos urbanos, por um semi-reboque,
de piso móvel, que acondiciona os resíduos
e permite o seu transporte em grandes quantidades para
o Centro de Tratamento. Porém, estas estações
ainda não estão concluídas. Em Almeida,
por exemplo, a AMCB aguarda terreno por parte da Câmara
Municipal. Em Celorico da Beira, a estação
encontra-se adjudicada, mas foi necessário abdicar-se
do local inicialmente previsto por estar numa zona de
Reserva Ecológica Nacional. Aguarda-se que a autarquia
disponibilize novo local.
Já na cidade da Guarda, a estação
de transferência está adjudicada e os trabalhos
para construção da mesma devem iniciar-se
brevemente. Em Trancoso e Pinhel tudo está praticamente
concluído. Em Penamacor e Sabugal os trabalhos
estão em fase adiantada. No enatnto, a AMCB frisa
que não foi efectuada qualquer transferência
de verbas para estes trabalhos e que, por isso, o empreiteiro
suspendeu a obra por falta de pagamento do até
então executado.
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