Ana Maria Fonseca


Centenas de pessoas assitiram às propostas apresentadas para o novo mandato. Qualidade de vida e desenvolvimento são os principais objectivos

Centenas de pessoas assistiram ontem, segunda feira, à tomada de posse dos eleitos para os órgãos da autarquia covilhanense. 31 presidentes das Juntas de Freguesia do concelho e 32 membros da Assembleia Municipal, bem como os vereadores e o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, tomaram posse no Salão Nobre dos Paços do concelho e prometeram cumprir com lealdade as funções que lhes foram confiadas.
Foram também eleitos os órgão da mesa da Assembleia de Municípios, onde foi reeleito Carlos Abreu como presidente da mesa, Vitor Rebordão como primeiro secretário e Filomena Gomes como segunda secretária. A lista eleita, A, do PSD, venceu a lista B, do PS encabeçada por Lousa Nicolau, com António Mendes Paulo como primeiro secretário e Telma Madaleno como segunda. Dos 59 votantes, 41 elegeram a lista A, 13 a lista B e cinco votaram em branco.
No discurso que dirigiu às largas centenas de pessoas presentes, Carlos Pinto apresentou os cinco grandes objectivos que tem para este mandato à frente da autarquia covilhanense. As metas a alcançar nos próximos quatro anos prendem-se com o desenvolvimento da cidade e a melhoria das condições de vida dos covilhanenses.
Carlos Pinto apontou em primeiro lugar o aumento da qualidade de vida e do bem estar dos cidadãos quer da Covilhã, quer das freguesias do concelho. A habitação, onde está traçado um plano de requalificação das habitações degradadas e a construção de vários fogos habitacionais para os mais carenciados é colocada em primeiro plano. Pinto referiu ainda o programa Polis que permitirá intervir em vários domínios urbanísticos do concelho.
Na área da saúde e na área social, Pinto referiu o alargamento dos benefícios do cartão municipal do idoso a deficientes e reformados e o apoio domiciliário a idosos que vivem em isolamento, através do trabalho de uma equipa de assistentes sociais que será constituída na autarquia.

Mais emprego e melhor saúde

O autarca covilhanense contestou o Ministério da Saúde quanto à demora em aprovar a abertura de um centro de hemodiálise e quanto à morosa espera no atendimento em certas áreas médicas do "Hospital Pêro da Covilhã", fez questão de salientar.
O segundo "cavalo de batalha" deste mandato é, segundo Carlos Pinto, a promoção do "emprego, das infraestruturas desportivas, culturais e recreativas, as acessibilidades e a gestão ambiental".
O Parque Industrial do Tortosendo e o Parkurbis são vistos pelo autarca como influenciadores do perfil de emprego no concelho, na medida em que significam potenciais e consideráveis postos de trabalho, bem como incremento à investigação e ao investimento de novas empresas.
O comércio entra também nas preocupações da autarquia na medida em que se pretende fomentar o comércio tradicional de qualidade, bem como novos espaços comerciais.
Carlos Pinto referiu ainda o Complexo Desportivo, cuja pista de atletismo "será inaugurada em Setembro", e o Centro de Artes, cujas propostas e maquetas serão presentes a público no próximo mês de Fevereiro.
Carlos Pinto não deixou ainda de fazer referência ao Aeroporto da Covilhã que permitirá "uma ligação aeroportuária para a Europa, abrangendo toda a área Interior/Centro e abrindo novas oportunidades ao turismo e às ligações "Charter"",
e cujo custo ronda os cinco milhões de contos (25 milhões de euros).
Em carteira está ainda o plano de abastecimento de água para o concelho que deverá permanecer num espaço de 20 a 30 anos. Esta decisão será tomada em conjunto com o Governo.
Outro dos objectivos para este mandato, segundo Carlos Pinto, será "gerir o território concelhio de forma a aproximar as freguesias rurais do espaço urbano". O autarca anunciou um programa de revitalização global, onde cada freguesia terá um plano de pormenor, para o qual serão reforçadas as "disponibilidades financeiras, através de protocolos".

Covilhã a capital

O executivo pretende também "colocar a Covilhã no lugar de afirmação que lhe cabe", reforçando a competitividade nas actividades económicas, na investigação e no ensino, ser um pólo de desenvolvimento global.
Carlos Pinto reafirma o desejo de ver a Covilhã como capital de distrito, referindo a "afirmação da Covilhã num papel de capitalidade num quadro de reconhecimento do Estado Português". O executivo assume não se contentar com a "inexistência de estruturas da Administração Pública que não respondem à relevância da vida económica e social do concelho", sublinhou Carlos Pinto.
O autarca assinalou os motivos que deviam levar a uma descentralização do Governo através de fortes críticas, afirmando que a Covilhã está "pronta a assumir mais responsabilidades políticas e administrativas e exige que os Governos vejam para cima do Tejo e percebam o que se passa nas cidades do Interior".
Por último, o autarca expressou a vontade de modernizar o sector administrativo dos serviços municipais, "reduzindo a burocracia e aumentando a transparência das decisões". Pinto anunciou que à semelhança do que já acontece com os processos de licenciamento de obras particulares, também o processo de loteamento será mais fácil e transparente. Todos os loteamentos serão a partir de agora, "publicitados antes da sua aprovação e despacho final".

 



Membros da Assembleia Municipal

 


Luís Manuel Fiadeiro (PSD)

Manuel Augusto Nicolau(PS)

João Manuel Pinto (PSD)

Bernardino Gata da Silva (PSD)

Vitor Manuel Pereira (PS)

Jorge Batista Fael (CDU)

Jean Pierre Gomes (PSD)

Maria Filomena Gomes (PSD)

João Martins (PS)

José Curto Pereirinha (PSD)

João Rosa de Almeida (PSD)

Hélio Simões Fazendeiro (PS)

João Barqueiro Lanzinha (PSD)

Ana Paula Pinto Pires (CDU)

Lino Fernandes Torgal (PSD)

Artur Meireles da Fonseca (PS)

Barbara Alçada Ribeiro (PSD)

Rui Lopes Miguel (PSD)

Nelson Mendes da Silva (PS)

Marco da Silva Batista (PSD)

Joana Valente Pinto (PSD)

Pedro Cunha Leitão (PS)

Vasco Serra Cardoso (CDU)

António Oliveira Saraiva (PSD)

Rui Ferreira Amaro (PSD)

Telma Dias Madaleno (PS)

David Raposo da Silva (PSD)

Isilda da Silva Barata (CDS-PP)

Manuel da Silva Esteves (PSD)

João da Costa Correia (PS)

José Flávio Martins (PSD)

António Simões de Almeida (PSD)



Presidentes das Juntas de Freguesia

 


José Antunes Campos- Aldeia de S. Francisco de Assis

João Martins Gomes- Aldeia de Souto

Jerónimo Carvalho Barata- Barco

José Pinto de Almeida- Boidobra

José Escodenga Nunes- Canhoso

Carlos Esteves de Sousa- Cantar Galo

António Geraldes Ramos- Casegas

Paulo Alves Rodrigues- Cortes do Meio

Carlos Pissarra Delgado- Coutada

Carlos do Carmo Martins- Conceição

António Garcia Rebordão- Santa Maria

Victor Tomás Ferreira- São Martinho

Victor Garcia Rebordão- São Pedro

José Duarte Minhoto- Dominguiso

António Mendes Paulo- Erada

José Bento Amaro- Ferro

António Marques da Silva- Orjais

Joaquim Carvalheiro dos Santos- Ourondo

Domingos de Sousa Beato- Paul

José Curto Costa- Peraboa

Fernando Gonçalves Casteleira- Peso

José Alves Pacheco- São Jorge da Beira

José Lourenço Ferreira- Sarzedo

Jorge Ramos Silva- Sobral de São Miguel

Carlos Matos Mendes- Teixoso

Carlos Mendes Pereira- Tortosendo

António Reis Rodrigues- Unhais da Serra

Arménio Marques Matias- Vale Formoso

João Casteleira Ferreira- Vales do rio

Armindo Geraldes Rosa- Verdelhos

José de Almeida Espinho- Vila do Carvalho

Carlos Mendes Pereira

Manuel Santos Gamboa