A alegria e euforia dos alunos marcaram a abertura de uma escola há muito esperada
Dia histórico no Bairro Municipal
Escola "A Lã e a Neve" abre portas a 31 alunos

Segunda feira, 7, teve um amanhecer diferente para 31 crianças. A Escola do Bairro Municipal, "A Lã e a Neve" entrou em funcionamento. As preocupações da directora centram-se, agora, na necessidade de uma professora para alunos que precisam de apoio especial.


Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi


Fábio Carapito, oito anos, foi o primeiro aluno a chegar à escola. O dia começava diferente de todos os outros. É que a Escola Básica nº1 "A Lã e a Neve" abriu, finalmente, as portas na segunda-feira, 7. O desejo de uma escola nova, pretensão com mais de 50 anos, está concretizado e o dia é marcante para as 31 crianças que vão poder dispor de um estabelecimento de ensino diferente, com mais espaço para brincar e melhores condições de aprendizagem.
Os dias que antecederam a abertura oficial das aulas, depois da inauguração no dia 8 de Dezembro de 2001 (ver NC de 14 de Dezembro), foram de muito trabalho. Que o diga Maria José Pereira, auxiliar de educação, que passou o fim-de-semana a ultimar alguns pormenores para que tudo estivesse em condições para receber os alunos. E a escola correu mesmo o risco de não abrir, uma vez que as limpezas e a colocação de material não se fez dentro do tempo estimado. Tudo é novo no estabelecimento, até o cheiro que vem de dentro das salas de aula. Fábio prontifica-se ajudar a retirar o plástico das cadeiras e a colocá-las no devido lugar. Os portões estão já abertos e faltam alguns minutos para as nove horas da manhã quando outras crianças chegam, umas acompanhadas pelos pais, outras sozinhas. A algazarra começa a ser muita e a excitação é visivel. "Dormi só um bocadito. Gosto desta escola porque é bonita e tem mais espaço para brincar", responde João, que acordou às sete da manhã para não chegar atrasado ao seu primeiro dia de aulas. A euforia aumenta de tom com as corridas de um lado para o outro e a decisão de quem se senta onde e com quem preocupa os mais pequenos. Para Manuela Craveiro, directora da Escola, este é, também, um dia especial. "Tanto para as professoras como para os alunos é um dia diferente. As crianças estão admiradas com o espaço que têm para brincar. É, concerteza, uma data histórica tanto para a Covilhã como para as crianças", declara.
A escola apresenta todas as condições para se começar a trabalhar. No entanto, faltam ainda alguns pormenores, como é caso da colocação de uma campaínha no portão, bem como o arranjo do reduto escolar e do pátio. "O equipamento está todo montado. As coisas que faltam só estarão prontas depois da tomada de posse, quer dos órgãos autárquicos, quer da Junta de São Martinho", explica Manuela Craveiro. Em espera ficam também as refeições para os alunos e os transportes escolares. "Hoje vamos dar instruções aos meninos de como usar os materiais. Vamos mostrar-lhes a escola, ensiná-los a comportarem-se num espaço novo e incutir-lhes algumas precauções", adianta a directora. Apesar do dia ser de festa, Manuela Craveiro manifesta preocupação em relação ao sucesso educativo de algumas crianças: "A escola tem um óptimo espaço físico. Mas o aproveitamento de alguns alunos preocupa-nos porque temos aqui crianças com um nível económico e social muito complicado e precisamos de uma professora de apoio que não temos".