A partir deste mês de Janeiro, o refeitório
da Boavista experimenta uma nova gerência privada
a cargo da EUREST. O concurso público para a sua
concessão já está aberto. José
Miguel Oliveira, presidente da Associação
Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI)
diz ter tomado conhecimento desta concessão através
dos meios de comunicação social, o que o
deixou descontente, pois esperava ser "informado
e ouvido" pelos Serviços de Acção
Social da UBI (SASUBI), bem como pela Reitoria.
Na penúltima semana de Janeiro, os estudantes serão
inquiridos, pela AAUBI, acerca da qualidade dos serviços
prestados até à data.
O presidente da direcção da AAUBI não
sabe porque é que não foram consultados
pelos Serviços de Acção Social. A
resposta do administrador dessa secção da
Universidade foi de que "a decisão era de
foro administrativo", adianta José Miguel
Oliveira.
A Associação Académica afirma que
não é contra a iniciativa até ao
momento, até porque existe um aumento de procura
nos serviços da cantina da Boavista, mas depois
do resultado do inquérito prometem tomar uma posição
concreta. Esperam ainda que a euforia dos primeiros tempos
passe para verificarem com mais exactidão se a
qualidade se mantém e os preços não
aumentam.
Desde já José Miguel pensa que os SASUBI
são obrigados a ter o papel principal, como controladores
do processo. "O decréscimo de qualidade tem
de ser da sua responsabilidade", afirma o presidente,
ao lamentar que os SASUBI, ao conceder a gestão
a privados, "mostrem que não têm capacidade
para gerir". Adianta a garantia de que "em termos
de preços não irá haver aumento".
Neste momento existe um aumento
na procura dos serviços da cantina da Boavista
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Os projectos da AAUBI para alimentação
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O que se pretende é que haja uma maior diversidade
de pratos, como acontece noutras cantinas do país
que já foram concessionadas. Tal como disse José
Miguel, "nem todas as experiências são
positivas", como no caso de algumas cantinas de universidades
de Lisboa.
Também no caso da cantina da Universidade de Évora,
afirma José Miguel Oliveira, a concessão
"revelou-se um insucesso pelo decréscimo de
qualidade".
Na Covilhã temos a Cantina de Santo António,
que sofrerá remodelações para receber
maior diversidade de pratos. Haverá um espaço
para pizzaria, "fast-food" e outro tipo de refeições.
Mesmo sem estas novidades, no que diz respeito à
qualidade, este refeitório não alcançava
o da Boavista.
Para colmatar alguns dos aspectos negativos, os mandatários
da AAUBI apresentaram várias propostas, entre elas
a abertura de um bar no edifício da cantina, mas
para isso eram precisas obras.
Com o inquérito prevê-se analisar a gestão
da Cantina da Boavista na sua totalidade e, se os resultados
do inquérito mostrarem que os alunos estão
descontentes, a AAUBI, embora a decisão dos Serviços
de Acção Social se mostre irredutível,
promete "encontrar formas de luta para dificultar
o trabalho da empresa que ganhar a concessão".
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