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Cem razões para estar
feliz
Cem números depois,
não posso mentir, é com orgulho que olho
para a pilha de Urbis que fomos publicando, e que se fossem
em papel somariam agora alguns bonitos volumes que já
poderiamos encadernar. E sendo o orgulho um pecado capital,
e letalíssimo na minha teogonia particular, convém
explicar que este de que sofro é assim como que
colectivo e, portanto, mais sujeito a indulgência.
Há razões.
Primeiro, o Urbi conseguiu publicar-se semanalmente, ininterruptamente,
durante mais de dois anos, já quase três,
e tal, dada a sua levíssima estrutura, é
por si só um feito.
Segundo, embora com números de qualidade desigual,
como aliás sucede com todos os jornais, tem cumprido
o seu estatuto editorial, e servido, com grande utilidade,
como laboratório aos alunos de Ciências da
Comunicação da UBI. Como bónus, leva
ainda notícias da universidade e da região,
à universidade e ao mundo.
Terceiro, o Urbi é o único jornal semanal
de um curso de Ciências da Comunicação
em Portugal. Repito: o único, num País com
dezenas de cursos congéneres, alguns com mais meios
e largas centenas de estudantes. A adesão dos alunos
a este projecto que é primeiramente seu prova que
bem reconhecem a importância dele.
Quarto, o jornal está hoje muito mais bem equipado,
e com muito mais know how acumulado que quando abriu portas.
Isso tem consequências. Pela própria dinâmica
que o seu ritmo semanal imprime aos tempos das notícias,
os alunos da UBI saem hoje mais bem preparados na área
do jornalismo.
Quinto, o Urbi tem muita, muita sorte, por possuir um
director sensato, inteligente, e com elevada sensibilidade
jornalística, a que podemos somar chefes de redacção
bem preparados (mérito nosso), e muito dedicados
(este todo deles), Catarina Moura, Raquel Fragata e Ana
Maria Fonseca, que foram, ao longo destes cem números,
dando vida ao Urbi.
Como a receita é só esta, e é tão
simples que não pode falhar, é certo que
o Urbi que hoje comemora o seu centésimo número
terá vida longa, útil e feliz.
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