Anabela Gradim

Cem razões para estar feliz


Cem números depois, não posso mentir, é com orgulho que olho para a pilha de Urbis que fomos publicando, e que se fossem em papel somariam agora alguns bonitos volumes que já poderiamos encadernar. E sendo o orgulho um pecado capital, e letalíssimo na minha teogonia particular, convém explicar que este de que sofro é assim como que colectivo e, portanto, mais sujeito a indulgência. Há razões.
Primeiro, o Urbi conseguiu publicar-se semanalmente, ininterruptamente, durante mais de dois anos, já quase três, e tal, dada a sua levíssima estrutura, é por si só um feito.
Segundo, embora com números de qualidade desigual, como aliás sucede com todos os jornais, tem cumprido o seu estatuto editorial, e servido, com grande utilidade, como laboratório aos alunos de Ciências da Comunicação da UBI. Como bónus, leva ainda notícias da universidade e da região, à universidade e ao mundo.
Terceiro, o Urbi é o único jornal semanal de um curso de Ciências da Comunicação em Portugal. Repito: o único, num País com dezenas de cursos congéneres, alguns com mais meios e largas centenas de estudantes. A adesão dos alunos a este projecto que é primeiramente seu prova que bem reconhecem a importância dele.
Quarto, o jornal está hoje muito mais bem equipado, e com muito mais know how acumulado que quando abriu portas. Isso tem consequências. Pela própria dinâmica que o seu ritmo semanal imprime aos tempos das notícias, os alunos da UBI saem hoje mais bem preparados na área do jornalismo.
Quinto, o Urbi tem muita, muita sorte, por possuir um director sensato, inteligente, e com elevada sensibilidade jornalística, a que podemos somar chefes de redacção bem preparados (mérito nosso), e muito dedicados (este todo deles), Catarina Moura, Raquel Fragata e Ana Maria Fonseca, que foram, ao longo destes cem números, dando vida ao Urbi.
Como a receita é só esta, e é tão simples que não pode falhar, é certo que o Urbi que hoje comemora o seu centésimo número terá vida longa, útil e feliz.