Os alunos das Escolas do concelho têm desenvolvido projectos na mediateca
Mediateca VIII Centenário abriu há um ano
Espaço pedagógico
espera pela abertura da videoteca

A mediateca celebrou na passada quinta feira, 3, o primeiro aniversário. O balanço, consideram os responsáveis, é positivo.


NC/Urbi et Orbi


A Mediateca VIII Centenário abriu as suas portas há já um ano. O balanço da sua actividade pode, segundo o seu responsável, Victor Afonso, considerar-se positivo.
Instalada no edifício dos antigos Paços do Concelho, junto à Sé Catedral da Guarda, a Mediateca VIII Centenário iniciou a sua actividade em 3 de Janeiro de 2001. Trata-se de uma infra-estrutura cultural e de lazer com forte predomínio dos meios audiovisuais e multimédia.
Victor Afonso, coordenador daquele espaço cultural, define-a como "única no País, porque reúne num só espaço físico várias valências culturais e pedagógicas". A Mediateca VIII Centenário integra uma Fonoteca, onde o utilizador pode ouvir registos digitais de vários géneros musicais, um Cibercafé, onde se pode aceder, gratuitamente à Internet, e uma pequena biblioteca. A videoteca ainda não está a funcionar e a sua abertura está dependente, de acordo com Victor Afonso, de "uma decisão política".
A Mediateca VIII Centenário desenvolveu, desde a sua abertura, um projecto pedagógico e educativo designado "Musica Divertida" orientado para as escolas do primeiro ciclo e jardins de infância do concelho. Na sala da Fonoteca são proporcionadas aulas de expressão musical, uma actividade que está delimitada, em termos de tempo, (decorre todos os dias da parte da manhã, até às 11.30h) para evitar a sobrecarga dos espaços e possibilitar que todos os utilizadores habituais possam usufruir desse serviço
Este projecto, de acordo com Victor Afonso, tem tido uma grande aceitação por parte dos professores, face à sua "importância ao nível pedagógico" e da actividade musical propriamente dita.

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Desde Setembro do passado ano, a Mediateca VIII Centenário acolheu uma série de actividades, designadamente a apresentação de uma curta metragem, "A Suspeita", um concerto musical para comemorar o Dia Mundial da Música e duas acções de formação, uma sobre música e a outra sobre cinema.
No mês de Dezembro decorreu naquele espaço o primeiro ciclo de conferências sobre cibercultura. Esta iniciativa, apesar de inédita na cidade, superou as expectativas da organização, que está empenhada numa reedição, no corrente ano. Para Victor Afonso foi uma actividade "extremamente estimulante e positiva, porque teve uma participação maciça de pessoas, com cerca de 80 inscrições, e uma média de 50 pessoas por conferência".
O Coordenador da Mediateca evidencia ainda a realização, no mês de Dezembro, do Natal Multimédia, iniciativa que deu oportunidade às crianças do concelho de ficarem a conhecer o funcionamento da Mediateca. No âmbito da animação de Natal, promovida pela Câmara Municipal da Guarda, os alunos das escolas tiveram oportunidade de visitar, algumas delas pela primeira vez, esta infra-estrutura.
A cultura "precisa de formar públicos e isso demora tempo", sustenta Victor Afonso. Em termos comparativos refere o exemplo das acções programadas para o Auditório Municipal, no início do seu funcionamento, eram feitos espectáculos com pouco público. Actualmente existe uma participação considerável. Com a Mediateca ocorreu o mesmo fenómeno. "Estamos a solidificar a nossa posição no contexto da actividade cultural da Câmara. Nesse sentido fazemos parte de uma estrutura que tem várias ramificações: o Paço da Cultura, a Biblioteca, o próprio Pelouro da Cultura e a Mediateca."
Um dos principais problemas com que se debate esta estrutura cultural é o horário, que sendo igual ao da função pública impossibilita a sua frequência por parte de muitas pessoas. A Câmara Municipal está já sensibilizada para o problema, estando a ser equacionada a solução mais adequadas.
O quotidiano da Mediateca é preenchido, principalmente por jovens que ali se deslocam para usufruírem da Internet, para ouvirem música ou para participarem nas actividades promovidas. "São sobretudo eles que estão mais sensibilizados para as novas tecnologias e também porque geograficamente o edifício está próximo de duas escolas", explica Victor Afonso.
As estatísticas de utilização de serviços revelam que, desde Janeiro do ano passado, principalmente ao nível da utilização da Internet, houve um aumento significativo de utilizadores. Nos últimos meses tem havido mais de mil por mês.