A poucos dias da entrada em vigor do Euro, os portugueses,
segundo as últimas sondagens e estudos, fazem parte
do grupo dos melhor informados sobre a moeda única.
A taxa de conversão não é difícil
(200,482 escudos), mas ainda assim as entidades responsáveis
mostram-se surpreendidas e acreditam que a integração
do Euro em Portugal vai ser "fácil".
"Com o contacto com a nova moeda, as pessoas vão
habituar-se rapidamente", acredita António
Figueiredo, sub-gerente da Caixa Geral de Depósitos
(CGD) na Covilhã. As dúvidas, prossegue,
"continuam sempre até ao primeiro dia, mas
cedo se irão dissipar". O gerente acredita
que até ao fim de Janeiro "os consumidores
vão-se ambientar", até porque já
foram tomando contacto com a nova moeda durante as duas
últimas semanas. Nos balcões de quase todos
os bancos estiveram disponíveis vários "Kits
Euro". Um saco com um total de 10 euros que podia
ser trocado por dois mil e cinco escudos. "Esgotaram
no primeiro dia que foram postos à disposição",
revela António Figueiredo queixando-se da insuficiência
de "pacotes" face à procura e ao pedido
feito ao Banco de Portugal. Mas a "corrida"
ao Euro não se ficou pela CGD. Quase todos os bancos
com balcão na cidade ficaram sem Kits em poucos
dias ou com um número bastante reduzido.
Quanto às reservas para o início da circulação
oficial em Janeiro, o funcionário da Caixa afirma
ser o suficiente. Em todo o caso, explica, "se for
necessário, há a possibilidade de pedir
mais Euros ao Banco de Portugal". António
Figueiredo prevê uma transição "pacífica",
apesar de considerar que a franja mais idosa da população
"tenha um pouco mais de dificuldades". No entanto,
reitera, "Até ao final de Janeiro toda a gente
estará compatibilizada com a nova unidade monetária,
e quanto mais cedo os escudos desaparecerem de circulação,
melhor é para todos".
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