O director da Sub-Região de Saúde de Castelo
Branco, Sanches Pires, assinou na quinta feira, 20, com
um empreiteiro, o contrato de adjudicação
relativo à construção do novo Centro
de Saúde de Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã.
Após mais de um ano de discussão e troca
de acusações entre a Sub-Região e
a Câmara Municipal da Covilhã, quanto à
demora para que esta obra avançasse, Sanches Pires
garante que "tudo pode começar imediatamente,
já que vamos avançar parte da verba ao empreiteiro".
Recorde-se que em Janeiro, a Assembleia de Freguesia desta
localidade discutiu algumas das alterações
necessárias ao projecto para que obtivesse aprovação.
A obra, discutida há mais de dois anos, sofreu
logo o seu primeiro revés quando a Junta de Freguesia
decidiu alterar a localização do Centro
para o edifício da antiga fábrica dos Fazendas,
onde irá também ficar instalada a Junta,
a casa de cultura e toda uma série de infra-estruturas,
que tornarão aquele local no Centro Cívico
da vila. As alterações então propostas
foram chumbadas, a 19 de Junho de 2000, pela ARS Centro,
por não reunirem condições. Em Outubro,
a Sub-Região comunica à autarquia covilhanense
a necessidade de alterações, nomeadamente
nos acessos para deficientes. O vereador da Câmara,
Joaquim Matias, acusava então Alzira Serrasqueiro
de não ter "interesse em colaborar com a população"
e que "o Governo só quer que o Centro se faça
em 2003".
Recursos humanos inalteráveis
Mais tarde, a Câmara da Covilhã envia um
ofício de protesto à então Ministra
da Saúde, Manuela Arcanjo, ao qual se junta um
abaixo-assinado da população em que se exige
o início urgente da obra. Pinto dizia ser inadmissível
que a Sub-Região de Castelo Branco não tivesse
lançado ainda concurso, acusando este órgão
de "negligência e irresponsabilidade",
acusando-o de estar "ao serviço de interesses
partidários". Sanches Pires refutava as acusações
e responsabilizava a autarquia pelo atraso. Hoje, no final
do ano, o director da Sub-Região garante que a
obra vai iniciar-se em Março, com um prazo previsto
para conclusão de um ano, com custos na ordem dos
62 mil contos. "Muitas vezes, os problemas surgem
por falta de diálogo. Não vamos responsabilizar
ninguém. Houve apenas contratempos quanto ao projecto"
explica Sanches Pires. E adianta que o mais importante
foi "ultrapassar questões burocráticas.
Resolver os problemas da população é
um objectivo comum à Sub-Região e Câmara
Municipal".
Quanto aos recursos humanos que ficarão no Centro,
serão exactamente os mesmos que actualmente ali
trabalham. "Não é pelo facto de se
ter uma nova extensão que os recursos vão
ser alterados. A equipa de Saúde que ali vai continuará
a deslocar-se nos dias e horas necessários à
quantidade de pessoas que a vila tem" explica Sanches
Pires.
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