Eleições Autárquicas
O preço da candidatura
As campanhas eleitorais
para as autárquicas terminam Sexta feira, 14. PSD
investe seis mil e 700 contos. PS e CDU criticam candidaturas
dos social-democratas.
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Marisa Miranda
NC/Urbi et Orbi
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A enchente de cartazes nas ruas das
cidades portuguesas anuncia as autárquicas. Os
políticos saem à rua com o objectivo de
conquistar a intenção de voto dos eleitores.
As quatro candidaturas à Câmara Municipal
da Covilhã não fogem à "febre"
das eleições e apostam nas campanhas eleitorais.
Na semana em que se queimam os últimos cartuchos
fizémos as contas e fomos saber quanto custa uma
candidatura. O PSD encabeçado por Carlos Pinto
concorre a 23 freguesias e apoia oito listas independentes.
Sob o slogan "Covilhã no Coração"
o projecto social democrata gastou seis mil e 700 contos
na promoção do candidato. "Tivemos
de ter uma grande contenção nas despesas
usando os nossos próprios recursos", sublinha
Alçada Rosa, representante da candidatura laranja.
Luís Garra dá a cara pela CDU na corrida
aos órgãos autárquicos que concorre
a 26 freguesias e integra nas suas listas 450 candidatos.
"Agarrar o futuro" foi a frase escolhida pela
CDU para a campanha. Jorge Fael, director da campanha
dos comunistas é peremptório: "O nosso
candidato é o mais barato". Cerca de dois
mil contos provenientes das contribuições
dos militantes e simpatizantes do partido, foram usados
na produção de documentos e cartazes. "Não
conseguimos acompanhar os materiais que as outras candidaturas
editam porque o nosso tipo de financiamento é diferente",
realça Fael, que defende que ainda vale a pena
fazer campanha eleitoral no sentido de apelar à
inteligência e ao bom senso das pessoas. "É
o clima do folclore político, dos aventais, das
esferográficas e dos porta-moedas que temos de
inverter. As pessoas recebam o folclore mas não
deixem de pensar porque é que se gasta tanta dinheiro
nisso", defende Fael.
Para os sociais-democratas esta é uma "campanha
de grande esforço físico" e em que
"as opções partidárias não
têm grande peso, o importante são as pessoas".
"Cada um de nós já cumprimentou mais
de seis mil pessoas. Contamos até ao fim da campanha
cobrir quase todo o concelho", afirma Alçada
Rosa.
Apesar dos actos de vandalismo que Jorge Fael lamenta,
o balanço da campanha dos comunistas é positivo.
"A nossa candidatura foi a mais alegre e dinâmica
porque nós fizemos campanha enquanto que Pinto
aproveitou as inaugurações e iniciativas
da autarquia para fazer campanha". José Carlos
Lavrador candidata-se à autarquia covilhanense
pelo PS. Segundo Miguel Nascimento, número dois
da lista dos socialistas, a campanha eleitoral para as
eleições que decorrem domingo, 16, decorreu
"sob condições adversas, uma vez que
há chantagem política, pressões e
atribuição de subsídios em plena
campanha". "O PS fez uma campanha pela positiva,
apresentando propostas, não alimentando polémicas,
com tranquilidade de espírito e grande entusiasmo",
revela Nascimento. O director financeiro da campanha do
PS, Nélson Silva e João Magalhães,
representante da campanha do PP, foram várias vezes
contactados no sentido de obter as informações
necessárias. No entanto, até ao fecho de
edição os responsáveis não
deram qualquer resposta.
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