por
sérgio felizardo
Na
terra dos duendes, dos elfos e das fadas, a magia
respira-se como ar e bebe-se como água.
Na terra dos duendes, dos elfos e das fadas, a
música é um sonho feito de histórias
de homens que querem ser crianças e brincar
para sempre aos mundos perfeitos.
É aqui que vivem os norte-americanos Elf
Power. Num limbo que não os deixa crescer,
mas que os obriga a construir uma sonoridade crescida
e acutilantemente pop. Ou seja, simples na sua
mensagem, directa nas intenções,
mas feita de uma aparente amálgama de fontes
inspiradoras, que acabam por se reunir todas em
peças distintas, belas e a transpirarem
verdade. As comparações com bandas
como os Flaming Lips, os Mercury Rev, os belgas
dEUS, e noutra perspectiva com os Belle &
Sebastian, por exemplo, podem surgir, mas é
nos Beatles, nos Beach Boys, ou mesmo na folk
de Bob Dylan que se reconhecem as maiores influências
do colectivo. As músicas são deliciosas,
têm fanfarras disformes, guitarras acústicas
em desvario, pianos em alegres "saltos ao
eixo" por campos floridos e viciam depois
de várias audições. Uma pérola,
portanto.