ANIL contesta lei eleitoral
Funcionamento normal das empresas em risco

NC/Urbi et Orbi

 

"Manifestamente exagerada e indubitavelmente gravosa para o normal funcionamento da laboração das empresas em todo o território nacional". Esta é uma das afirmações contidas num fax que a Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL) enviou ao Governo e demais Grupos Parlamentares a contestar os privilégios que a actual Lei Eleitoral dá aos candidatos autárquicos ao disporem de 30 dias de licença para acções de campanha.
Para o presidente da Associação Nacional, José Robalo, esta Lei vem prejudicar o andamento de diversas fábricas e dá o exemplo de uma empresa associada na ANIL em que há 35 candidatos autárquicos e numa outra onde os dois fogueiros de caldeira estão na mesma situação."Se a campanha eleitoral é oficialmente de 15 dias, porque é que a lei confere 30 para essa mesma campanha", questiona o dirigente dos industriais de lanifícios. E acrescenta: "Se esses 35 trabalhadores pertencessem a uma pequena empresa, esta seria obrigada a encerrrar durante 30 dias, incorrendo em prejuízos tais que eventualmente não teria condições para reabrir". No entanto, José Robalo ressalva que os seus associados "não estão contra o normal funcionamento das instituições democráticas. Mas uma coisa são as instituições, outras os exageros que a coberto delas se podem cometer".