António Fidalgo
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Universidades e FCT
Para além do ensino as universidades têm
como fim primordial da sua existência a investigação
científica. Aliás não há bom
ensino universitário se não for feito num
ambiente de investigação. O Ministério
da Educação tutela o ensino e o Ministério
da Ciência, sobretudo através da Fundação
para a Ciência e Tecnologia (FCT), tutela a investigação
em Portugal. As universidades têm assim de responder
perante dois ministérios e harmonizar as exigências
que um e outro ministério lhes colocam.
Fazer investigação é caro e as universidades
que queiram fazer investigação a sério
e de ponta têm necessariamente de concorrer a projectos
da FCT. Vem isto a propósito da abertura de concurso
para financiamentos plurianuais de novas unidades de investigação.
Existe uma pré-candidatura até dia 7 de
Janeiro de 2002. Só de seguida decorre o período
de candidatura.
Não é de mais realçar a importância
deste concurso. Era esperado há cerca de quatro
anos e é muito provável que, com o fim daqui
a poucos anos do III Quadro Comunitário de Apoio,
venha a ser o último concurso deste tipo. Há
portanto que investir em força e em profissionalismo
neste concurso. As unidades de investigação
reconhecidas, apoiadas e avaliadas pela FCT são
hoje instrumentos importantíssimos na investigação
científica portuguesa e a UBI não pode ficar
à margem desse processo. Não se trata apenas
do financiamento plurianual de cada unidade, mas sobretudo
do suporte financeiro, técnico e estrutural que
essas unidades darão a candidaturas a projectos
específicos das respectivas áreas científicas.
Nenhum docente da UBI deveria ficar de fora destas unidades
de investigação, seja já como membro
das unidades acreditadas, seja das unidades que estão
a preparar a sua candidatura.
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