A adaptação de uma obra de Gregory Motton,
um jovem dramaturgo britânico, trouxe ao público
da cidade neve um "teatro realista que aborda a problemática
do homen nos nossos dias ", segunda Gil Nave.
O encenador chega mesmo a referir que " Aquilo que
para nós era uma tentativa, um desejo de nos mostrar
um dos mais reconhecidos dramaturgos ingleses, acaba por
se transformar num espectáculo inquietante num
tempo inquietante".
O palco, onde as questôes e preocupações
do homen contemporâneo foram abordadas, foi partilhado
por actores de duas companhias de teatro. Primeiro em
Évora, agora na Covilhã o Cendrev ( Centro
Dramático de Évora) e o Teatro das Beiras
da Covilhã juntaram-se para trazer ao palco uma
busca por uma esperança talvez perdida.
Um deambular de destroços humanos que eram por
entre os becos deste mundo onde a esperança, se
existe " é um tesouro" como nos diz o
encenador.
Luís Nogueira, responsável pela tradução,
pinta estas personagens como " o trânsitoaleatório
das almas mortas... mutantes, seres alheados do sistema
e dos seus sinais."
Complexa ou não esta interpretação
da obra do auror britânico, levou ao Teatro- Cine
um público que nas palavras de Mário Ramos
mostra satisfação;" Gostei muito, achei
bastante interessante. O texto era bem redigido."
O público que assistiu, na sua maioria jovem, pede
que a cidade, que escolheram para estudar, lhes continue
a oferecer a qualidade que tem mostrado até agora.
Para Mário " Uma universidade está
cheia de jovens, os jovens gostam de cultura e isto é
cultura".
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