Apresentado livro sobre o colégio de São Fiel
"Centro difusor da ciência no Interior da Beira"

Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi

 

"O Colégio de São Fiel -Centro Difusor da ciência no Interior da Beira" é o título do livro da escritora Maria Adelaide Salvado, apresentado na segunda-feira, 19, na Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA), em Castelo Branco.
Para a presidente do Conselho Executivo da ESNA, Margarida Baptista, este é um bom trabalho de pesquisa. Esta responsável salienta o papel relevante que a sociedade poderá desempenhar na identidade do património. "É fundamental olharmos para ele. Nele estão inscritas a nossa história, as nossas memórias, os nossos limites e expectativas. Ele é a prova irrefutável de que existimos como povo". Margarida Baptista alerta para a diferenciação que tem que se fazer entre produtos que "espelham toda a alma de um povo e os meros produtos culturais duma indústria de alta tecnologia". Esta responsável salienta ainda que "olharmos para este património, quer físico, no caso do Colégio de São Fiel, quer humano, na figura de Ramos Preto, é uma forma de divulgar e agradecer o valioso espólio que nos legaram e pedir que ambos estejam, de alguma forma, perpetuados nesta cidade".
Já a autora do livro, Maria Adelaide Salvado, este não é mais que uma homenagem aos professores que despertaram para a ciência e para a vida e também a José Ramos Preto, pessoa sem o qual "o espólio de São Fiel teria saído da região". Segundo a autora, este livro contém reflexões que são somente "um modesto contributo para o modo como em São Fiel era despertado o gosto pela ciência, reflexões alicerçadas nos testemunhos de dois antigos alunos: Luís Cabral de Moncada e Egas Moniz".
Maria Adelaide Salvado defende que no Colégio de São Fiel despertou-se para a ciência e produziu-se ciência. "Basta lembrar a vasta obra do padre Carlos Silva Tavares. É a minha opinião, mas respeito outras diferentes".