No passado dia 19 de Novembro,
segunda-feira, cerca de 70 famílias foram beneficiadas
com cheques integrados no Programa para a Recuperação
de Imóveis Degradados (PERID). Mais uma iniciativa
da Câmara Municipal da Covilhã (CMC) que pretende
para este efeito recuperar toda a zona habitacional degradada
no concelho.
Este programa tem como objectivo proporcionar, através
da CMC, a beneficiação das zonas habitacionais,
requalificação essa bem vinda, dado que problemas
habitacionais no concelho são muitos.
Este programa abrange casas que estejam de alguma forma
degradas, problemas que digam respeito a pequenos reparos
nos telhados, casas-de-banho, cozinhas, pinturas exteriores,
substituição de ligações eléctricas
ou outras situações mais isoladas. Com esta
iniciativa podem agora requalificar as suas habitações.
O total destes 70 cheques perfaz a quantia de 26 mil 830
contos.
O montante de cada cheque foi obtido através de uma
avaliação das candidaturas a este programa,
de forma a que fossem avaliados os valores a atribuir de
acordo com as obras necessárias das habitações.
Estes cheques, no entanto, não ultrapassam os 600
contos por cada habitação.
Em quatro anos de mandato perfaz 79 mil contos
O rescaldo dos últimos quatro anos de mandato
do actual presidente e recandidato à Câmara
Municipal da Covilhã, prevê um total de cerca
de 79 mil contos atribuídos para a requalificação
de habitações em degradação,
o que equivale a cerca de 250 famílias abrangidas
por este programa.
Um habitante do Sarzedo afirmou-nos que esta verba é
bem vinda na medida em que, apesar do montante não
ser o suficiente para financiar todas as obras, possibilitou
o arranjo da sua habitação. "A minha
casa estava toda deteriorada, as placas eram de madeira
e já estavam podres. Não tinha divisões,
nem cozinha e muito menos casa-de-banho. A obra já
foi feita e já está tudo muito bem",
afirma. No entanto, este covilhanense teve ainda de gastar
mais de dois mil contos do seu bolso.
Segundo nos afirmou Carlos Pinto, Presidente da Câmara
Municipal da Covilhã, este financiamento ronda
os 60 a 70 por cento dos gastos efectuados nas referidas
habitações. Afirma ainda que o grande objectivo
desta intervenção "é tornar
habitáveis casas que ao longo dos anos se têm
vindo a deteriorar. Pretende-se resolver o problema das
habitações velhas sem ter de passar pela
solução de habitações novas.
Estas pessoas já são de uma idade avançada
e querem continuar nas suas casas e não serem desenraizados
nos locais onde sempre viveram".
Novo pacote de beneficência
No início do próximo ano serão já
avaliadas novas candidaturas e aprovado o novo pacote
de beneficência.
No entanto, outros protocolos foram já assinados.
A Inspecção Geral da Administração
Pública (IGAP) pretende, assim, possibilitar a
recuperação de mais 300 casas e edifícios
que tenham problemas na sua fachada, bem como outros problemas.
Serão atribuídas novas verbas para este
efeito, mas com montantes muito superiores, não
havendo mesmo limite de atribuição das verbas.
A zona a ter especial atenção, também
já no próximo mandato, será a zona
história, através da remodelação
e recuperação de edifícios em ruínas.
Essas recuperações serão ou efectuadas
pelos proprietários ou os edifícios serão
comprados pela Câmara para o efeito, sendo posteriormente
alugados ou vendidos.
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