A apresentação
do Plano Pormenor do Aeródromo Municipal da Covilhã
decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal
da Covilhã, no passado dia 20 de Novembro, Terça
feira. A empresa responsável pela realização
deste plano explicou e especificou quais as áreas
envolvidas no projecto para o novo Aeroporto da Covilhã.
A apresentação foi conduzida por Duarte Castel-Branco,
Consultores de Planeamento e Urbanismo (CPU).
Os principais objectivos de uma obra desta envergadura centram-se
no desenvolvimento e valorização do concelho,
em estabelecer uma melhoria do sistema de acessibilidades
e em desenvolver actividades importantes já implantadas
e com potencialidades.
Este projecto partiu da avaliação de exemplos
realizados no Norte de Itália, de grandes aeroportos
construídos e que se manifestaram como pólos
de desenvolvimento das regiões envolventes. Estas
construções superaram todas as expectativas
pela sua importância no desenvolvimento, daí
que se pretenda fazer o mesmo na Covilhã. Desenvolvimento
não só de toda a Cova da Beira, como de todo
o país, "Dotar o país de um projecto
de grande lógica estrutural", afirma Carlos
Pinto, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã.
1200 metros de pista
Este novo projecto abrangerá uma área de
200 hectares, com uma pista de Categoria 3C (a actual
pista é de Categoria 2C), com 1200 mil metros de
comprimento (contra os actuais 960 mil metros do aeródromo)
e 30 mil metros de largura (contra os actuais 23 mil metros)
e um strip de 150 mil metros, aprovada pelo Instituto
Nacional de Aviação Civil. Este tipo de
pista possibilitará a utilização
de aviões como o Fokker 50 ou o BAE RS 70.
Projecto do novo Aeroporto
que albergará aviões capazes de transportar
entre 60 e 90 pessoas por voo
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Estes aviões têm
capacidade de transportar de 60 a 90 pessoas por
voo.
Serão ainda construídos hangares destinados
ao apoio à UBI e ao voo de lazer, um hotel
e uma área residencial de forma a apoiar
os voos charter e privados, transitários,
e grupagem, entre outros. Será ainda apoiado
pela ampliação do Aerogare, de voos
circulares, edifício de aulas para a Engenharia
Aeronáutica, serviços de abastecimento,
edifício de controlo da meteorologia, edifício
de bombeiros para a implementação
de um Centro Operativo de Apoio ao Combate a incêndios
e a eventuais acidentes, heliestação/heliporto
para transporte de sinistrados para o Hospital e
uma torre de controlo.
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Pista actual não ficará ao abandono
A possibilidade de se proceder à ampliação
da actual pista era remota, na medida em que foram feitos
estudos que concluiram que tal tornaria muito mais complicado
e dispendioso do que construir uma nova. Daí a
opção de uma pista nova.
No entanto, a pista actual ficará destinada a actividades
lúdicas, como os ultra-leves, prática de
pára-quedismo, voos sem motor, escola de pilotagem
e voos de recreio, de forma a incentivar e apoiar o Aero
Clube da Covilhã. Esta é uma garantia de
que "a velha pista não cairá ao abandono,
antes servirá de apoio à nova pista",
afirma Matos Gomes, arquitecto.
Toda esta área situar-se-á a norte na Ribeira
da Goldra, a poente na actual IP2, a Nascente no Rio Zézere,
e a sul na futura nova área, isto é, no
espaço que ficará livre neste momento, mas
que mais tarde poderá ser utilizado para nova ampliação
desta zona.
Carlos Pinto julga esta obra essencial na medida em que
se trata de "uma infra-estrutura fulcral para o futuro
da Covilhã, quer para as áreas económicas
quer sociais. Tudo isto será possível com
estas acessibilidades rodoviárias, ferroviárias
e aeroportuárias".
Este projecto será entregue "nas mãos"
do Governo para que seja avaliado e "faça
de sua justiça". Os custos do projecto rondam
os seis ou sete milhões de contos.
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