O pólo das Ciências
Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior (UBI)
recebeu nos passados dias 15, 16 e 17 de Novembro, o 3º
Encontro Franco- Ibérico.
Realizado pela primeira vez em França, com a designação
de Encontro Franco-Espanhol, teve posteriormente lugar na
vizinha Espanha, já como Encontro Franco-Ibérico.
Este ano, foi a vez de Portugal ser o anfitrião,
na cidade da Covilhã.
O acontecimento centrou-se sobretudo na problemática
económica, mais concretamente no financiamento regional.
Foi também discutida a questão do Ordenamento
do Território, bem como a revitalização
de zonas fronteiriças e mais periféricas do
país.
A realização destas jornadas contou com a
presença de investigadores conceituados de Portugal,
Espanha e França.
Estiveram presentes vários investigadores como Henrique
Albergaria da Universidade de Coimbra, Cadima Ribeiro da
Universidade do Minho, Bernard Laval da Universidade de
Montesquieu, Alfredo Iglésias e Maria Mercedes Goméz
da Universidade de Castilha-la-Mancha, entre muitos outros.
Da UBI marcaram presença Alcino Couto, Fernandes
de Matos e Marques Reigado, que foi homenageado pelo trabalho
realizado nesta área e pela organização
deste encontro.
Portugal, Espanha e França são países
vizinhos que têm entre si diferenças físicas
mas também, diferenças culturais que é
preciso aproximar.
Cadima Ribeiro, da Universidade do Minho, referiu que "as
zonas de fronteira, outrora espaços de ruptura foram
sendo progressivamente aproximadas pela cooperação
Transfronteiriça".
É necessário
desenvolver políticas de intervenção
activas pois a zona fronteiriça não
pode ser considerada como "um deserto ou
como a terra de ninguém". Para Cadima
Ribeiro, "os territórios devem ser
dotados de um mínimo de infra-estruturas
básicas para uma maior eficácia
na oferta de bens e serviços". As
razões de ordem económica são
fundamentais para explicar a necessidade de intervenção
nestes territórios.
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Cadima Ribeiro, Henrique Albergaria e Alfredo Iglésias,
três dos oradores presentes
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Ordenamento do Território
Para além da problemática económica
foi também tratada a questão do Ordenamento
do Território. Segundo Fernandes de Matos, da UBI,
"o Ordenamento do Território nacional enquanto
competência da Administração Central
e Local, tem sido esquecido ao longo dos anos".
É evidente no cenário actual do nosso país,
um crescimento desregrado e muito pouco planificado das
cidades. Este facto torna-se visível quando comparadas
as partes velhas ou históricas das cidades e as
suas novas áreas de expansão.
Fernandes de Matos acrescenta que "embora ultimamente
se tenha feito um esforço notável no sentido
de eliminar a deficiente organização do
território, ainda há muito para fazer."
Para evitar novos erros é necessário alertar
quer os agentes económicos quer a população
em geral para os benefícios de um correcto planeamento
do território nacional.
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