Governo Civil
Trabalhadores da Sotima
manifestam descontentamento
A situação
dos operários da fábrica de madeiras continua
indefinida. A laboração está paralisada
e cerca de 230 famílias em dificuldade.
|
NC/Urbi et Orbi
|
|
Cerca de cem trabalhadores participaram
na quarta-feira, 7, em Castelo Branco, numa concentração
promovida pela CGTP-IN, no âmbito da Jornada Nacional
de Luta. Os operários da Sociedade de Transformação
de Madeiras (SOTIMA), de Proença-a-Nova marcaram
presença e realizaram um plenário antes
da concentração. Os trabalhadores desta
empresa aprovaram uma resolução na qual
alertam para o facto de, se a SOTIMA fechar ficam "230
famílias em grandes dificuldades". Segundo
o Partido Comunista Português (PCP) a SOTIMA está
numa grave situação temendo-se o seu fim,
já que a laboração está completamente
paralisada e os trabalhadores têm quatro meses de
salários e subsídios em atraso. Para os
operários, a situação da SOTIMA deve-se
à "inércia" das entidades responsáveis
a nível regional e nacional.
Também os trabalhadores do sector têxtil
presentes na concentração aprovaram orientações
e reivindicações para 2002, tendo como pressuposto
a melhoria dos salários contratuais, enquanto os
operários da Administração Local
acusaram o PS de "nestes últimos seis anos,
levar uma política cujas preocupações
são os interesses dos grupos económicos,
em claro prejuízo da vida dos trabalhadores, da
valorização do ser humano e do bem-estar
das populações".
Alzira Serrasqueiro, Governadora Civil de Castelo Branco
recebeu moções das mãos dos trabalhadores
dos CTT, da Função Pública e do ensino
que também participaram na iniciativa. "Esperamos
que a Governadora Civil seja uma pessoa interveniente
na resolução dos problemas que a todos afectam",
afirma Luís Garra, da União de Sindicatos
de Castelo Branco.
|