Nuno Rogeiro foi o melhor em campo

Ficha do Jogo

Estádio José dos Santos Pinto
(Covilhã)
(7-11-2001)


Árbitro: Nuno Afonso (Lisboa)
Auxiliares: Domingos Soares e Sérgio Guerreiro

AD Estação - 0
Hugo; Hélder Correia, Marco, Sérgio e Cordeiro (Zé Mateus, 77 m); Renato (Vaz Alves, 17 m), Brígida, Carlitos (Caniço, 52 m) e Rui Reis; Nuno Rogeiro e Cláudio.
Treinador: Tozé

Caç. Taipas - 3
Mickael; Martinho, Cláudio, Milhazes e Rui Maçãs; Sequeira, Sérgio Teixeira (Kiwi, 63 m) e Roberto Lima (Youssef, 56m); Vítor Lima, Mário e Diogo (Vítor Ribeiro, 79 m).
Treinador: João Cardoso

Ao intervalo: 2-0

Marcadores: Sequeira (10 m), Diogo (42 m) e Vítor Lima (49 m).

Disciplina: cartão amarelo a Brígida (30 m) e Kiwi (64m).

Melhor em campo
Nuno Rogeiro

O extremo esquerdo covilhanense foi o mais inconformado em campo. Assumiu desde cedo a condução do ataque serrano pelo flanco esquerdo, onde levou quase sempre a melhor sobre o seu marcador directo. Dos seus pés sairam um remate à figura de Mickael e cinco passes perfeitos (dois na primeira e três na segunda parte) que os seus companheiros no centro da área não souberam aproveitar. Esclarecido no ataque, ainda teve tempo para recuar no auxílio aos colegas da defesa que na tarde de quarta-feira, 7, tiveram uma tarde para esquecer.

Taça de Portugal- ADE afastada na terceira eliminatória
O fim do sonho

A Desportiva da Estação disse adeus à Taça de Portugal após uma derrota com o Caçadores das Taipas no Santos Pinto. Responsáveis minimizam derrota e apontam baterias para o Distrital

Por Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi


Terminou o sonho para a Desportiva da Estação (ADE). À terceira eliminatória da Taça de Portugal o conjunto covilhanense caiu aos pés dos Caçadores das Taipas. O clube que milita na II B - Zona Norte não teve contemplações para com um dos últimos representantes dos campeonatos distritais (resta apenas o S. Pedro da Cova) e levou do Santos Pinto uma vitória por 3-0. Apesar da superioridade dos nortenhos, o conjunto da Estação deu boa réplica, equilibrou a partida e o resultado poderia ser outro se não fosse a desinspiração dos avançados beirões.
O desaire da ADE começou logo aos 10 minutos. Seabra isola-se perante a apatia da defensiva local e, frente a Hugo, não dá hipóteses de defesa. Os serranos não se deixaram abater pelo golo e partiram em direcção à baliza adversária. Tozé faz entrar em campo Vaz Alves por troca com Renato e aos poucos a equipa da casa começa a apoderar-se do meio campo. A turma do Taipas, bem organizada, não permitia, contudo, grandes veleidades aos jogadores e esperava sempre o momento oportuno para lançar perigosos contra-ataques. De cada vez que os nortenhos se aproximavam da baliza de Hugo, a ADE tremia. Com uma defesa muito permeável pela frente, os avançados do Taipas passeavam-se na grande área contrária sem, contudo, conseguirem concretizar.
A ADE controlava o sector intermédio, mas raramente conseguia penetrar a cortina defensiva montada pelo técnico João Cardoso. Ainda assim, o conjunto da Estação teve a oportunidade de igualar a partida. Por duas vezes Nuno Rogeiro, o mais inconformado covilhanense, assiste dentro da área Cláudio que não encontrou a calma suficiente para concretizar. Cada vez mais atrevida e confiante, a turma da Covilhã balanceava-se para o ataque e punha os centrais nortenhos em sentido. No entanto, antes do intervalo, o Taipas volta a marcar, desta feita, contra a corrente do jogo. Na sequência de um canto Diogo antecipa-se e cabeceia para o fundo das redes num lance com culpas, quer para os centrais, quer para o guardião Hugo.

Avançados perdulários

O segundo tempo abre praticamente com o terceiro golo do Taipas. Um tento onde ficou patente toda a ingenuidade da defesa da Estação que permitiu a troca de bola entre três jogadores dentro da área para, por fim, Vítor Lima rematar forte e fora do alcance de Hugo.
Sem nada a perder, o onze da Estação volta a atirar-se para o ataque mas volta a denotar alguma atrapalhação no último terço de terreno. Aos 65 minutos Cláudio volta a desperdiçar uma excelente oportunidade após um bom trabalho de Vaz Alves pelo lado esquerdo. Caniço e Zé Mateus, colocados em campo no decorrer da segunda metade da partida, acabaram por entrar também para o lote dos perdulários ao falharem o golo na cara do guarda-redes Mickael, depois de assistências "de morte" de Nuno Rogeiro, o motor do ataque covilhanense.
O Taipas, mais experiente, menos nervoso e com o tempo do seu lado, pouco arriscava na ampliação do resultado. No entanto, de cada vez que saía para o contra-ataque a defesa da ADE voltava a vacilar. Valeu, no entanto, a excelente exibição de Hugo, que se redimiu na etapa complementar dos erros cometidos no primeiro tempo.
Por aquilo que fez dentro de campo, o Taipas é um justo vencedor. À turma da ADE faltou alguma calma e sorte na concretização e a derrota por três golos de diferença soa demasiado pesada, tendo em conta a exibição da equipa.



Vitor Rebordão, treinador da ADE

Vitor Rebordão
Equipa portou-se bem
 
Foi uma situação nova e uma boa experiência. Perder com o Taipas não é grave porque é uma equipa de outro campeonato. De qualquer modo, os miúdos portaram-se muito bem. Fizeram o jogo pelo jogo sem se colocarem na defensiva e tiveram algum azar na hora do remate. Acho que o público saíu daqui satisfeito com o jogo e com o comportamento destes jogadores. A partir de agora só temos que nos preocupar com o campeonato.


Tozé, treinador dos Caçadores das Taipas

Fizemos o jogo possível contra uma equipa que milita na II B. Ainda assim, podíamos ter marcado em várias ocasiões. A concretização é um dos problemas desta equipa, mas penso que com o tempo os erros podem ser corrigidos. De qualquer modo, esta não é a nossa guerra. Na segunda parte jogámos melhor, demos uma imagem mais real do nosso valor, mas também acabou por vir ao de cima o excesso de jogos que temos vindo a fazer nas últimas semanas. Ainda assim, estes jogadores estão de parabéns pela forma como dignificaram o clube.