Eça de Queirós
Maria
Filomena Mónica
|
|
por pedro
homero
Quanto a si, caro leitor, não sei, mas para mim o
Eça é que é. E tendo em conta a excelente
aceitação [à escala do país
que temos, não pulemos já de alegria] de que
a sua obra usufrue, tenho boas hipotéses de estar
perante um/a comparsa no gosto pelo José Maria.
Seja como for não é difícil perceber
porque razão é Eça, de uma só
vês, amado pela crítica e pelo público
- uma escrita fluída, viva, pulsante, uma ironia
apuradíssima, uma classe um cínismo tão
saboroso, dificilmente poderia passar ao lado. Se passar,
também ninguém morre, pois sobram as partes
picantes e as situações cómicas em
quase toda a sua ficção.
Esta biografia faz juz ao tamanho do escritor, parecendo-me
(sou um mero apreciador da obra, percebo lá como
é que se faz uma biografia) completa e, na medida
do possível, imparcial, característica que
mais louvável é se pensarmos no país
que temos - vamos tendo- onde todas as oportunidades são
boas para o puxar da brasa. Felizmente aqui não é
o caso, ou pelo menos não o é de forma visível.
Enfim, livro para ler e apreciar
que nem só de ficção deveremos viver.
|
|
|