O traçado do TGV proposto pela RAVE (Aveiro-Viseu-Salamanca) não agrada aos distritos de Castelo Branco e Guarda
Reunião entre Guterres e Aznar agendada
Traçado do TGV decidido em Dezembro

A polémica em torno do traçado do comboio da alta velocidade pode estar perto do fim. Em Dezembro, Portugal e Espanha sentam-se à mesa para tomar uma decisão final.


NC/Urbi et Orbi


Os chefes de Governo de Portugal e Espanha, António Guterres e José Maria Aznar, respectivamente, reúnem nos dias 19 e 20 de Dezembro, em Madrid, numa Cimeira Governamental para debater o processo de construção europeia, terrorismo internacional e tomar uma decisão final sobre as linhas de comboios de alta velocidade (TGV).
Recorde-se que em Maio (como noticiou o NC), os autarcas de Castelo Branco e Guarda, Joaquim Morão e Maria do Carmo Borges, respectivamente, manifestaram o seu total desagrado perante a proposta de traçado para a rede apresentada pela RAVE (Rede Ferroviária de Alta Velocidade, SA) na Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC). É que, o abandono da proposta do Governo, que previa uma ligação internacional na qual o Litoral ficaria à cabeceira e que levaria o TGV a passar pelas cidades da Guarda e Castelo Branco, fazendo de Coimbra o ponto de partida, deixou os autarcas perplexos. O traçado passaria a ser feito entre Aveiro, Viseu e Salamanca, o que levou alguns dos autarcas presentes na CCRC durante a apresentação, a acusarem o projecto de servir os interesses de Espanha. O presidente da RAVE, no entanto, salienta que o projecto é nacional e que caso os custos deste eixo (Aveiro-Viseu-Salamanca) sejam mais elevados que o previsto, o troço poderia ser abandonado. Contente, apenas terá ficado na altura o autarca de Viseu, Fernando Ruas, pois a sua cidade, com esta proposta, passaria a acolher uma das paragens do TGV.
Dúvidas para desfazer nos dias 19 e 20 de Dezembro, dias durante os quais Portugal e Espanha irão ainda assinar um acordo bilateral sobre o mercado energético peninsular, antecipando-se num ano os prazos previstos para o efeito ao nível comunitário.