A autarquia fundanense pretende
demonstrar a multiplicidade de funções do
Pavilhão recém-inaugurado
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I Feira das
Freguesias no Pavilhão Multiusos
Prioridade à valorização
da identidade do concelho
Cerca de 50 expositores
mostram este fim de semana o que de melhor tem cada uma
das 31 freguesias do Fundão. A autarquia pretende
dar continuidade ao certame nos próximos anos.
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Por João
Alves
NC/Urbi et Orbi
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É já amanhã,
sábado, 10, pelas 16 horas, que se inicia a primeira
Feira das Freguesias. Uma iniciativa promovida pela autarquia
do Fundão e que se prolonga até segunda-feira,
12, no Pavilhão Multiusos da cidade. Assim, depois
da inauguração do certame, há cantigas
ao desafio e, às 18 horas, é lançada
a Rota da Capital da Cova da Beira, a última rota
lançada pela edilidade. No domingo, 11, dia de São
Martinho, padroeiro da freguesia do Fundão, há
espectáculos de folclore, animação
musical e um magusto popular, ao qual não faltará
a jeropiga. Na segunda-feira, 12, para além do folclore,
um espectáculo de acordeão anima os visitantes.
A Feira encerra todos os dias pelas 22 horas.
Ao todo, são cerca de 50 estantes, representando
as 31 freguesias do concelho, bem como associações
de desenvolvimento local e artesãos, que irão
trabalhar ao vivo (10 elementos), e que o público
pode visitar. O Pavilhão Multiusos tem ao centro
um palco por onde passam ranchos folclóricos, grupos
de bombos ou cantores populares. O presidente da Câmara
Municipal, José Maria Fortunato, refere que esta
ideia surgiu no âmbito da actividade que se quer dar
ao Pavilhão, mostrando a sua multiplicidade. "Não
devemos ter vergonha de mostrar o que são as nossas
freguesias, quais as suas raízes. Temos de mostrar
o que de melhor têm para nos oferecer, já que
há muita gente que fala delas sem conhecimento de
causa, por isso pretendemos dar continuidade ao certame
nos próximos anos", sublinha o autarca.
Já João Freitas, em representação
das freguesias, afirma que esta iniciativa poderá
permitir avaliar "qual o ponto da situação
em que cada uma está. O Multiusos está a mudar
o centro da cidade e, por isso, faço um apelo para
que as pessoas apareçam, de modo a verem o que temos,
desde a gastronomia, ao artesanato, à cultura ou
ao turismo".
Associação Comercial salienta potencialidades
económicas
Um dos parceiros da iniciativa é a Associação
Comercial e Industrial do Concelho do Fundão. Para
Rogério Hilário, "nunca as potencialidades
comerciais das freguesias foram exploradas de uma forma
coerente, pelo que este será "o primeiro passo
para que se comecem a constituir como pequenos pólos
de interesse empresarial. Teremos condições,
não só para mostrar o tradicional, mas também
o que é potencialmente comercializável".
Porém, José Maria Fortunato não pretende
abrir as portas da Feira, "pelo menos por enquanto",
a expositores de fora do concelho. "Primeiro, temos
que adoptar o vá para fora cá dentro. Dar
a conhecer aos cidadãos do concelho o que ele é.
Só depois poderemos dar esse passo. Existem presidentes
de junta que não conhecem as 31 freguesias",
justifica. O certame irá custar entre cinco a seis
mil contos, sendo a despesa mais pesada a publicidade do
evento e a segurança do Pavilhão, já
que o aluguer de estantes não irá ultrapassar
os mil contos. Quanto às expectativas em termos de
público, o autarca fundanense recusa-se a avaliar
o êxito da iniciativa pelo número de visitantes.
"Às vezes, num Benfica/Sporting há muita
gente a ver o jogo, mas ele não é grande coisa",
salienta.
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