Os Arcada Kafé Orxestra encerraram no passado
sábado o Festival de Teatro 2001. O Café
Teatro do GICC encheu-se de pessoas que ao som de Jazz
comemoraram um São Martinho adiantado. Boa música,
castanhas e jeropiga acolheram o público após
a excelente actuação da Companhia D´Artes
do Brasil.
Esta banda de Évora toca um Jazz com misturas europeias
de Klemer, música de origem Judaica, onde as notas
viajam entre um saxofone e um violoncelo, uma bateria
e um órgão, um trompete e um kazu. O projecto
iniciou-se este Verão, hà pouco mais de
quatro meses, no seio de um grupo de amigos que partilhavam
o mesmo hobby: o gosto pela música. Todos os elementos
já tinham abraçado projectos anteriores,
mas o desejo de tocar uma música sem pretensões,
com o único objectivo de promover o prazer, levou-os
a criar uma banda diferente. "Somos muito anárquicos"
comenta Gil Nave, saxofone, "nunca ensaiamos e não
ambicionamos editar nada. Queremos apenas tocar e pôr
as pessoas a dançar".
Sempre de olhos na pauta, transmitiam uma paixão
pela música própria de quem toca por "amor
à camisola". Habituados a actuar em casamentos,
a animar festas onde toda a gente começava a dançar,
sentiram-se frustrados ao ver o público sentado,
de mãos nos bolsos e pernas entrelaçadas,
na tentativa de enganar o frio. "Sabemos que estava
muito frio, mas mesmo assim considero esta noite uma tentativa
falhada. Não alcançamos o nosso objectivo,
quase ninguém dançou" acrescenta o
saxofonista. "Não ligues Gil, esses são
da brigada do reumático" grita um dos poucos
que se atreveu a utilizar o pequeno espaço amplo
que servia de pista.
Contudo, vir à Covilhã, a convite de amigos,
encerrar este espectáculo foi uma boa experiência.
" Já cá tinha estado mais vezes, é
uma cidade muito bonita" conclui o porta voz do grupo.
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