Protocolo entre a Câmara
e o IGAPHE
Recuperação
do Centro Histórico envolve 230 fogos
O protocolo assinado
com o Instituto de Gestão e Alienação
do Património prevê um investimento de 600
mil contos.
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Por Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi
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"Acabámos de assinar um
protocolo muito importante para a Covilhã. Trata-se
de atingirmos um novo patamar da nossa política
habitacional". Foram estas as primeiras palavras
do presidente da Câmara Municipal da Covilhã
(CMC), Carlos Pinto, depois de celebrada a assinatura
do acordo de adesão ao Regime Especial de Comparticipação
na Recuperação de Imóveis Arrendados
(RECRIA) entre o Instituto de Gestão e Alienação
do Património Habitacional do Estado (IGAPHE) e
a autarquia na quarta-feira, 6. Uma cerimónia que
contou, ainda, com a presença do presidente do
Instituto, Carlos Botelho. Com este protocolo, o município
prevê que, nos próximos quatro anos, sejam
realizadas obras de beneficiação e conservação
em 230 fogos habitacionais, distribuídos por 70
edifícios, com um investimento a rondar os 600
mil contos. Cerca de 150 mil contos, divididos pelos anos
de intervenção, são assegurados pela
CMC, enquanto que o Instituto desembolsa perto de 220
mil contos. Já para o ano que vem, o IGAPHE vai
investir 37 mil e 500 contos. Através do RECRIA,
a edilidade tem a "possibilidade de lançar
uma operação de recuperação
de imóveis com problemas de estado, uso e habitabilidade
e envolverá 270 habitações",
explica o autarca. Neste momento, a Câmara tem o
seu próprio Programa Específico de Recuperação
de Imóveis Degradados (PERID), mas com o Regime
Especial "poderemos alcançar intervenções
mais ambiciosas", sublinha Carlos Pinto. Para já,
a Zona Histórica da cidade vai ser a maior beneficiária
deste protocolo. No entanto, e segundo o presidente da
autarquia, "em primeiro lugar é necessário
suscitar as candidaturas. É preciso que haja uma
manifestação activa por parte dos proprietários
e só depois fazemos a selecção de
acordo com a importância de cada uma das intervenções
pedidas, seja na zona histórica, seja noutro lugar
qualquer".
Carlos Botelho, presidente do IGAPHE, sublinha que a recuperação
de edifícios é, hoje em dia, um dos pilares
da política habitacional portuguesa. Deixa, todavia,
o aviso: "Portugal só aplica sete por cento
dos investimentos em habitação na renovação,
contra 35 por cento que é utilizado no resto da
Europa Comunitária". Este programa pressupõe,
igualmente, o ajustamento das rendas que estão
"absolutamente degradadas e sem as quais os proprietários
têm muita dificuldade em realizar as obras necessárias",
salienta Carlos Botelho.
Na próxima semana são apresentados, publicamente,
os planos para os próximos quatro anos de intervenção
global no Centro Histórico.
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