Presidente
da República visitou a UBI
"O uso das receitas próprias
das universidades não é uma desgraça
mas uma nova virtualidade", sustentou Jorge Sampaio
"A qualidade
é a grande reivindicação do momento",
afirmou Jorge Sampaio. A nova Biblioteca Central, inaugurada
na passada Sexta feira, 9 pelo Presidente da República
será mais um equipamento a garantir a qualidade
sempre procurada pela UBI. Um novo conceito de Biblioteca
direccionada para as novas tecnologias e não
só para o suporte de papel, com acesso alargado
até às 24 horas estará disponível
a partir de Janeiro próximo a todos os alunos
e docentes da UBI bem como à população
em geral.
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Por Ana Maria
Fonseca
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Jorge Sampaio visitou as instalações da
Faculdade de Medicina e conversou com os futuros médicos
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A presença do Presidente
da República, pela primeira vez, na UBI vem reafirmar
a importância desta instituição no panorama
nacional.
O dia foi de inauguração de um novo equipamento
da UBI, um passo em frente na qualidade, mas também
de visita, às instalações e potencialidades
desta universidade situada no interior do país. "É
um grande desafio ter uma universidade a funcionar com tantas
valências no interior do país com o que isto
significa de acréscimo de dificuldades", referiu
Jorge Sampaio.
A Faculdade de Medicina foi paragem obrigatória.
Jorge Sampaio visitou as instalações e falou
com alguns alunos. Depois de conhecer o método de
ensino ministrado nesta licenciatura da UBI, o Presidente
da República considerou-o "muito exigente"
não permitindo "passar 15 dias sem estudar",
afirmou.
Os alunos mostraram o programa que estudam neste momento
e que se relaciona com a parte genética. Perante
a motivação dos alunos face a este método
inovador, Jorge Sampaio mostrou-se satisfeito. "Fico
contente por terem essa disposição",
disse.
"É uma fórmula muito exigente que não
permite estudar só no fim, tem de se estudar todos
os dias".
O Presidente da República
visitou várias áreas da UBI, como
o Labcom
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Para Jorge Sampaio, as exigências
da licenciatura vem exigir também "uma
grande cooperação de todos os serviços
de saúde desta área, de Castelo Branco
até à Guarda", defendeu. "Não
há lugar para regionalismos pequenos. Pelo
contrário, há grandes possibilidades
para, através da grande irradiação
que resultará de uma Faculdade de Medicina
nova, com estas exigências e com esta valorização,
um benefício" que se estende também
aos utentes e "permitirá fixar mais
pessoas".
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"A qualidade é a reivindicação
do momento"
Durante a manhã, centenas de pessoas entre docentes
e alunos da UBI e várias entidades regionais receberam
Jorge Sampaio e o secretário de Estado do Ensino
Superior, Pedro Lourtie no anfiteatro das Sessões
Solenes da UBI.
Santos Silva deu as boas vindas a Jorge Sampaio traçando
um historial da UBI, do "caminho difícil que
a instituição trilhou", mas também
do estado actual da universidade e do impacto que esta
possui na região. Ela é um dos "motores
de desenvolvimento da região", disse.
Os caminhos e projectos futuros que se desenham foram
também objecto do discurso de Santos Silva que
abordou a Faculdade de Medicina como "um dos melhores
acontecimentos para o desenvolvimento da região".
Para o Reitor da UBI é preciso "analisar com
outros olhos o ensino superior". Desenvolver a capacidade
de pensar envolvendo os alunos na investigação
de forma a terem um contacto directo com o trabalho que
irão desenvolver é, na sua visão,
essencial. Alargar o método de "ensino ministrado
na Licenciatura em Medicina da UBI a outras áreas"
seria um passo para essa concretização.
De acordo
com as inovações no seio académico
esteve Jorge Sampaio. No seu discurso defendeu o
investimento numa "mudança ao nível
dos métodos pedagógicos, da avaliação
das aprendizagens e da vida escolar".
O Presidente da República lançou vários
temas passíveis de debate, entre os quais
a questão da utilização, por
parte das universidades, das receitas próprias.
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Pedro Lourtie, Santos Silva e Jorge Sampaio numa
das salas de tutoria da Faculdade de Medicina
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Na sua visão, o mundo civil e o científico
deveriam estar mais de acordo para uma evolução
mais eficiente. "Se há 10 anos o mundo civil
e o científico se tivessem unido, hoje não
teríamos o problema da coincineração",
defendeu.
O uso de receitas próprias pelas universidades
"não é uma desgraça, mas uma
nova virtualidade", disse.
"Muito do se faz aqui na UBI implica receitas próprias"
referiu o Presidente da República e acrescentou,
" penso que a qualidade vai exigir cada vez mais
que as faculdades e os departamentos estejam ao serviço
do país, façam investigação
mas também façam a aplicação
dessa investigação com as empresas com as
entidades autárquicas, com os governos". "Esses
são serviços que a universidade presta dos
quais pode ter um acréscimo de proventos que são
as receitas próprias, sem perder as receitas que
podem ser postas ao serviço de uma melhoria da
qualidade", defendeu.
"Nos últimos 25 anos, há faculdades
e politécnicos com instalações magníficas,
o caso da Covilhã é paradigmático",
sustentou. "Temos agora um debate sobre a qualidade
e a qualidade é a grande reivindicação
do momento".
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Pedro
Lourtie, secretário de Estado do Ensino
Superior
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Dois milhões e meio para a qualidade
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Pedro
Lourtie, secretário de Estado do Ensino Superior
concorda com a utilização das receitas
próprias das universidades. "É
essencial que as universidades tenham capacidade de
captar receitas próprias e que as utilizem
no seu próprio desenvolvimento", afirmou.
Quanto aos orçamentos, Pedro Lourtie referiu
que o orçamento para o próximo ano foi
discutido "com as instituições
e relativamente aos plafonds inicialmente fixados
houve um aumento", disse. "Julgo que satisfaz
aquilo que são as necessidades das instituições
para o próximo ano", acrescentou.
Não é o orçamento ideal mas temos
de ter em conta a conjuntura nacional neste momento.
É um orçamento que permite funcionar,
corresponde a um aumento em relação
ao orçamento deste ano.
Em relação ao orçamento para
este ano lectivo que decorre, "as questões
estão controladas". "Houve já
situações difíceis e foram ultrapassadas
em parte. O restante está já garantido
e as situações de ruptura não
se vão verificar durante este ano", garantiu.
Questionado relativamente ao recurso ao financiamento
próprio das universidades, Pedro Lourtie diz
que o ideal seria "conseguirmos aplicar na totalidade,
ter um orçamento padrão". "Temos
uma conjuntura nacional difícil o que significa
que todos têm de conter as despesas. É
de facto um orçamento de contenção
mas que permite funcionar", sublinhou.
Para o próximo ano, o secretário de
Estado do Ensino Superior diz terem em Plano de Investimento
e Despesas de Desenvolvimento da Administração
Central (PIDDAC) 23 milhões de contos. "Há
um aumento significativo de PIDDAC e uma verba especificamente
destinada a equipamento e conservação,
ou seja para uma melhoria das condições
de funcionamento", garantiu. "O PIDDAC do
próximo ano são 23 milhões de
contos. Dois milhões e meio são destinados
à melhoria da qualidade e para garantir as
condições de funcionamento", conclui.
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