António Fidalgo
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Fim à praxe
Ano após ano o cenário repete-se em Outubro,
vêm os caloiros e praxam-se. Ano após ano
os excessos acontecem e ano após ano há
Assembleias de Alunos sobre códigos de praxe para
regrar a praxe. Mas a solução não
pode passar por remendos do que à partida está
a mal. O que é preciso é acabar pura e simplesmente
com a praxe.
A questão não deve ser sobre se se deve
pôr termo à praxe, a questão deve
ser sobre o modo. O melhor seria os próprios alunos
decidirem por eles próprios. E aqui levantam-se
duas hipóteses. Ou o bom senso de que a praxe deve
acabar é generalizado e a AAUBI decide que na UBI
não há mais praxe, ou esse bom senso apenas
existe em certos cursos e, então, os respectivos
núcleos votam que nesses cursos não se praxa,
até que os restantes cursos, por arrastamento,
lhes sigam o exemplo. Se não houver bom senso em
nenhum curso, então deve ser a Universidade a votar
a abolição da praxe, e aqui entendo por
universidade o órgão máximo, aquele
a quem compete votar os estatutos e eleger o reitor, a
Assembleia da Universidade.
Há muitos alunos de terceiro, quarto e quinto anos
que são contra a praxe. O apelo que aqui se lhes
faz é que se organizem e peçam a convocação
de assembleias de curso para votar o fim da praxe.
A Universidade da Beira Interior muito terá a ganhar
se for a primeira universidade a pôr fim ao mau
gosto e ao dislate que é a praxe em si.
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